Imunidade

  

SANGUE – PLASMA E ELEMENTOS FIGURADOS

Plasma –
O plasma sanguíneo é um dos componentes do sangue. Excluindo os glóbulos brancos, os glóbulos vermelhos e as plaquetas, o que resta é o plasma sanguíneo. O plasma corresponde a, aproximadamente, 55% da composição do sangue humano.
 É um líquido de cor amarelada.

- É composto por: 91% de água, 7% de proteínas e 2% de solutos não proteicos (principalmente gorduras, vitaminas, gases, eletrólitos, hormônios, glicose e produtos residuais).

- Existem três tipos principais de proteínas plasmáticas: albuminas, globulinas e fibrogênio.

- É um líquido viscoso (sua viscosidade é cerca de uma vez e meia maior do que a da água).

- É levemente salgado.

Elementos figurados;

1 - Leucócitos ou Glóbulos brancos

Antígeno ------- Anticorpos

Antígenos:´


Os antígenos são as substâncias que estimulam a produção dos anticorpos e, além disso, que reagem especificamente com eles. Essa substância pode ser uma proteína, um polissacarídeo ou um complexo que contenha as duas substâncias citadas. Os antígenos, normalmente, são os vírus, as bactérias, substâncias presentes na saliva de insetos inoculadas por suas picadas, ou ainda por porções de alimentos que não são totalmente digeridas e alergênicos.


Calendário de vacinas recomendado pela Associação Brasileira de Imunizações.

Idade
Vacina
Dose
Ao nascer
Dose única
1ª dose
2 meses
2ª dose
1ª dose
1ª dose
1ª dose
1ª dose
1ª dose
3 meses
1ª dose
4 meses
2ª dose
2ª dose
2ª dose
2ª dose
2ª dose
5 meses
2ª dose
6 meses
3ª dose
3ª dose
3ª dose
3ª dose
3ª dose (dependendo do fabricante apenas 2 doses serão necessárias)
3ª dose
1ª dose
7 meses
2ª dose
9 meses
1ª dose
12 meses
1ª dose
1ª dose
1ª dose
15 meses
Reforço
Reforço
Reforço
Reforço
Reforço
18 meses
2ª dose
Reforço anual
30 meses
Reforço anual
42 meses
Reforço anual
4 anos
Reforço
Reforço
2ª dose
2ª dose
(*) Não disponível na rede pública

Observação! Mesmo a criança tendo recebido as vacinas contra a poliomielite (vírus inativados) ela também deverá receber a vacina contra a poliomielite (atenuada) oferecida nas campanhas nacionais de vacinação.
OBS: As hepatites A, C, D e E são viroses de RNA, apenas a hepatite B é de DNA.


OS TIPOS DE IMUNIZAÇÃO

Imunização ativa
Trata-se da produção de anticorpos pelo próprio indivíduo que recebeu antígenos. A imunização ativa pode ser natural ou artificial.
•  Natural: ocorre quando o antígeno penetra naturalmente no organismo; é o que acontece nos processos infecciosos provocados por vírus, bactérias etc.
• Artificial: é determinada pela inoculação propositada de antígeno no organismo. A vacina é constituída do agente infeccioso enfraquecido ou por toxina por ele produzidas; ela contém antígenos específicos. A vacinação é um processo profilático. Quando um microrganismo penetra em pessoas vacinadas, já encontra os anticorpos que inativam os antígenos por ele produzidos.
As respostas primárias e secundárias
Injetando-se um antígeno em um indivíduo, há um período de cerca de uma semana antes que apareça qualquer anticorpo no seu soro sanguíneo. A seguir, a concentração de anticorpos começa a subir até um nível pouco elevado, que posteriormente decresce; é a resposta primária. Decorridos alguns dias, semanas ou até meses, uma segunda injeção do antígeno induzirá uma rápida e alta concentração de anticorpos, chamada resposta secundária.
Na resposta secundária, a concentração de anticorpos atinge níveis mais elevados e diminui mais lentamente. Desde que a resposta secundária parece envolver uma espécie de “memória” do organismo, ela também é chamada de resposta anamnésica.
Injeções posteriores produzirão respostas adicionais, até que se atinja uma concentração máxima de anticorpos. Com o passar do tempo, tal concentração diminui, podendo ser elevada e mantida com reimunizações periódicas, as chamadas doses de reforço. Por outro lado, um indivíduo previamente imunizado, exposto a um agente infeccioso, pela resposta secundária, produz rapidamente anticorpos, evitando o aparecimento dos sintomas de infecção.

Imunização passiva
Natural – leite materno e anticorpos da mãe durante a gestação, passados pelo cordão umbilical.
Artificial - A imunização passiva artificial consiste na inoculação, no organismo, de anticorpos produzidos por um outro organismo contra o correspondente agente infeccioso. Constitui um processo de soros terapêuticos. A soroterapia é utilizada durante a fase aguda de uma infecção. Saliente-se que o anticorpo inoculado só protege por tempo relativamente curto, sendo logo destruído e eliminado.
Imunidade – Ativa Natural

A - Imunidade Humoral
- Ocorre no plasma e na linfa
- Tipos de leucócitos – linfócitos B – Estes não se dividem espontaneamente, é estimulado pela entrada de um antígeno. São estão transformados em:
a) Plasmócitos – Estes sintetizam anticorpos que reagem com o antígeno, inativando-o e tornando-o mais fácil de ser fagocitado pelos macrófagos (limpeza), neutrófilos (bactérias), eosinófilos ( vermes e protozoários) e basófilos ( alergênicos).
Alergênicos ou alérgenos:
Alérgenos são substâncias dos alimentos, plantas, ou de animais que provocam uma reação exagerada do sistema imunológico e causam a inflamação (neste caso, a pele). A inflamação pode ocorrer mesmo quando a pessoa está exposta a pequenas quantidades do alérgeno durante um tempo limitado. Alguns exemplos são de alérgenos de pólen e pelos de cães e gatos (minúsculas partículas da pele do animal ou de pelos). Quando as pessoas com dermatite atópica entrar em contato com um irritante ou alérgeno ao qual eles são sensíveis, células produtoras de inflamação permear a pele de outras partes do corpo. Estas células liberam substâncias químicas que causam coceira e vermelhidão. Como a pessoa coça e esfrega a pele em resposta, mais danos ocorrem.

Alguns alimentos agem como alérgenos e podem desencadear a dermatite atópica ou agravá-la (fazer com que ele se torne pior). Food allergens claramente desempenhar um papel em um número de casos de dermatite atópica, principalmente em bebês e crianças. Uma reação alérgica ao alimento pode causar inflamação da pele (geralmente colmeias), sintomas gastrointestinais (vómitos, diarreia), sintomas do trato respiratório superior (congestionamento, espirros). Os mais comuns causadores de alergia (alergénicos) alimentos são os ovos, amendoins, leite, peixe, produtos de soja, e trigo. Embora os dados ainda não são conclusivos, Alguns estudos sugerem que as mães de crianças com estória familiar de doenças atópicas devem evitar comer alimentos que normalmente são alergênicos se no final da gestação e, enquanto estão amamentando o bebê. Embora nem todos os pesquisadores concordem, a maioria dos especialistas acha que a amamentação da criança por pelo menos quatro meses pode ter um efeito protetor para a criança.

Se a alergia alimentar é suspeita, pode ser útil manter um diário cuidadoso de tudo o que o paciente come, observando todas as reações. Identificar os alérgenos alimentares podem ser difíceis e exigem supervisão por um alergista, se o paciente está também a ser expostos a outros alérgenos. Uma forma útil de explorar a possibilidade de uma alergia alimentar é eliminar os alimentos suspeitos e, em seguida, se a melhoria é percebida, reintroduzi-lo na dieta em condições cuidadosamente controladas. Um ensaio de duas semanas é suficiente para cada alimento. Se o alimento que está sendo testado não causa sintomas após duas semanas, um alimento diferente pode ser testado de maneira semelhante depois. Também, se a eliminação de um alimento não resulta em melhora após duas semanas, outros alimentos podem ser eliminados, por sua vez.

Mudar a dieta de uma pessoa que tem dermatite atópica pode aliviar os sintomas nem sempre. A mudança pode ser útil, contudo, quando a história clínica do paciente e sintomas específicos sugerem uma alergia alimentar. Cabe ao paciente e sua família e do médico para avaliar se as restrições dietéticas compensar o impacto da doença em si. dieta restrita, muitas vezes são emocionalmente e financeiramente difícil para os pacientes e suas famílias a seguir. Se não for devidamente controlada, dietas com muitas restrições também podem contribuir para problemas nutricionais em crianças.
b) células de memória – Agem quando o mesmo antígeno penetra novamente no corpo, por isto a resposta imunitária secundária é mais rápida que a primária ( vacina).

B – Imunidade Celular
- Ocorre no plasma e na linfa
- Tipos de leucócitos – linfócitos T – Não produzem anticorpos e sim fazem reconhecimento de antígenos através da proteína da membrana,
a) Linfócitos T Citotóxicos ( matador)  – reconhecem e destroem células como os macrófagos, que são reconhecidos pelas interleucinas  ( proteínas da membrana). Não destroem o antígeno, mas sim as células que o fagocitam.
b) Linfócitos T auxiliares – reconhecem um antígeno, estimulam os linfócitos B a produzirem anticorpos e ativam os linfócitos T citotóxicos.
c) Linfócitos T supressores – Inibem a produção de anticorpos pelos linfócitos B, quando esses anticorpos já estão em concentração adequada ou já não são mais necessários.

2 - HEMÁCEAS OU ERITRÓCITOS

Os eritrócitos, também designados como hemácias ou glóbulos vermelhos dão a cor vermelha característica do sangue. Isso ocorre porque eles contêm um pigmento vermelho, denominado hemoglobina. E, como os eritrócitos estão presentes no sangue em muito maior quantidade que as outras células, incolores, todo o sangue parece ser vermelho.
Só para ter uma ideia do volume de glóbulos vermelhos existentes no sangue, basta dizer que em 1mm³ desse líquido, o que equivale a mais ou menos uma gota, pode-se encontrar, em um homem adulto, cerca de 5,0 milhões dessas células, o que corresponde a 45% do volume de sangue. Em mulheres adultas esse valor é reduzido, cerca de 4,5 milhões de células por mm³.
As hemácias vivem em nosso organismo por até 120 dias. Isso significa que no decorrer de uma vida são produzidas e destruídas uma infinidade de eritrócitos, sendo que, a cada dia que passa morrem em média 20 mil hemácias por milímetro cúbico de sangue. Em sua fase terminal, a maioria dessas células estão localizadas no baço, órgão situado no lado esquerdo do abdomen, um pouco abaixo das costelas.
É na medula vermelha dos ossos longos que os novos glóbulos vermelhos são produzidos. Nesses verdadeiros “berçários” de células sanguíneas podemos encontrar hemácias em diferentes estágios de maturação, todas elas descendentes dos eritroblastos (células-mãe).

Eritrócitos em Altas altitudes

Humanos que vivem há muito tempo em lugares altos, superiores a 2.500 metros em relação ao nível do mar, possuem muito mais hemácias do que pessoas que vivem abaixo deste nível. São encontrados eritrócitos nesses indivíduos em cerca de 60% a 65% do volume sanguíneo, o que garante 30% a mais de oxigênio no sangue. Assim eles superam as dificuldades impostas pela escassez de ar atmosférico nos locais onde vivem. Pessoas que habitam normalmente regiões de pouca altitude, quando resolvem por exemplo escalar montanhas altas, tendem a sentir falta de ar e também queda do rendimento físico ao chegar a certas alturas. Isso ocorre porque quanto mais alto subimos em relação ao nível do mar, mais rarefeito se torna o ar atmosférico.



3 - Plaquetas ou trombócitos
As plaquetas ou trombócitos cumprem uma função muito importante no processo de coagulação do sangue, sendo necessário manter um nível adequado para estarmos saudáveis. Os níveis normais de plaquetas no sangue de uma pessoa adulta oscilam entre as 150.000 e as 450.000 por mililitro cúbico, quando os mesmos baixam dos 150.000 é o momento de prestar atenção para detectar a causa desta descida, que pode ser o reflexo de várias condições médicas. Em umComo.com.br explicamos-lhe quais são os sintomas das plaquetas baixas e o que fazer se a sua contagem não for a mais adequada.

TROMBOCITOPENIA
A condição em que a nossa contagem de plaquetas é muito mais baixa que o habitual é conhecida como trombocitopenia.
As causas da descida das plaquetas podem ser muito variadas e indicarem diferentes doenças, desde infeções significativas, passando por patologias como a Dengue, a cirrose hepática, a anemia plástica, o uso de certos medicamentos ou a deficiência de vitamina B12 ou de ácido fólico. Em casos mais graves uma descida de plaquetas pode corresponder a doenças graves como a leucemia ou a mielodisplasia.
Um dos primeiros sintomas das plaquetas baixas é a fadiga e o cansaço generalizado. Este acontece quando a descida de plaquetas é ligeiramente inferior a 150.000. A fraqueza e a falta de apetite são também sinais comuns numa primeira fase.

A COAGULAÇÃO.
Tromboplastina --> protrombina --> ca --> trombina-->? fibrinogênio --> fibrina
Quando há lesão na parede do vaso sangüíneo, as plaquetas daquela região liberam a tromboplastina que “inativa” a heparina. Com isso, em presença de Ca, protrombina passa a trombina. A trombina age sobre o fibrinogênio e o leva a fibrina, que é uma proteína fibrosa em forma de “rede de fibrina”, em cujas malhas ficam presas hemácias, leucócitos e plaquetas, formando uma massa compácta, o coágulo.
Tromboplastina ou tromboquinase: liberada pelas plaquetas inativa a heparina
Fibrinogênio:encontrada no plasma
Protrombina: existe no sangue circulante
Trombina (fibrinofermento):

HEMOFILIA E DISTÚRBIOS DA COAGULAÇÃO


A Hemofilia é um distúrbio genético marcado por um sangramento prolongado devido à diminuição ou ausência de um dos fatores de coagulação necessários para formação do coágulo sanguíneo. Aproximadamente 1 em cada 8.000 homens sofre da doença. A Hemofilia é causada pela ausência do gene que modifica a habilidade do organismo para produzir fatores suficientes para gerar a coagulação. Nos tipos mais comuns de hemofilia estão ausentes o fator VIII (oito) ou fator IX (nove).
A doença de von Willebrand (DvW) é um distúrbio hereditário caracterizado por uma lentidão anormal da coagulação do sangue. Pacientes com a doença de von Willebrand podem ter sangramentos espontâneos e prolongados em nariz e gengiva. DvW ocorre 1 em cada 100 pessoas e afeta tanto homens como mulheres.
A CSL Behring oferece uma ampla lista de terapias e medicamentos derivados de sangue para o tratamento dos distúrbios hemorrágicos. Oferecemos também uma variedade de serviços de apoio especialmente direcionados a atender às necessidades das pessoas com distúrbios hemorrágicos, seus familiares, seus médicos ou aos profissionais da área de saúde.

Hemofilia A
A Hemofilia A é uma deficiência do fator VIII (oito). Cerca de 85% dos hemofílicos são portadores de Hemofilia A.
As pessoas com Hemofilia A precisam aumentar os níveis sanguíneos de fator VIII. Isso é proporcionado por um processo chamado de "terapia de reposição de fatores". Um possível método é a injeção intravenosa do fator VIII, processo esse conhecido com "infusão".
Algumas pessoas com o tipo mais leve de Hemofilia A podem usar o DDAVP (acetato de desmopressina) ou utilizar um spray nasal, contendo DDAVP altamente concentrado. O DDAVP causa a liberação de fator VIII a partir dos locais de armazenamento no organismo.

Hemofilia B
A Hemofilia B é uma deficiência do fator IX (nove). Cerca de 15% dos hemofílicos são portadores de Hemofilia B.
As pessoas com Hemofilia B precisam aumentar os níveis sanguíneos de fator IX. Isso é realizado através de um procedimento chamado de "terapia de reposição de fatores". Pessoas com esse tipo de hemofilia devem fazer aplicações intravenosas do fato IX, um processo conhecido como "infusão".

Doença de von Willebrand

A doença de von Willebrand (DvW) é um distúrbio hereditário caracterizado por uma lentidão anormal da coagulação do sangue.
Pacientes com essa doença apresentam hemorragias espontâneas e prolongadas no nariz e na gengiva. A doença de von Willebrand ocorre em aproximadamente 1 em cada 1.000 pessoas e incidem na mesma proporção tanto em homens quanto em mulheres.
A doença de von Willebrand ocorre quando um dos fatores de coagulação, o chamado fator de von Willebrand, não funciona corretamente ou quando este não é produzido em quantidade suficiente no sangue. Quanto menor o nível de atividade do fator de von Willebrand no sangue da pessoa, mais grave é a doença.
Em muitos pacientes com a doença de von Willebrand, o fator VIII, outro fato de coagulação, também se apresenta em baixas quantidades.
Pessoas com a doença de von Willebrand precisam aumentar o nível sanguíneo do fator de von Willebrand e fator VIII. Algumas pessoas com a doença de von Willebrand tipo 1, leve ou moderado, podem ser tratadas com infusão da substância química DDAVP (acetato de desmopressina) na forma de injeção intravenosa ou spray nasal, contendo DDAVP altamente concentrado. Esta é uma substância que promove a liberação de fator VIII e fator de von Willebrand dos locais de armazenamento no organismo, aumentando os níveis plasmáticos destes fatores. Pacientes com os tipos 2 e 3 da doença de von Willebrand podem necessitar de reposição intravenosa de fator de von Willebrand e fator VIII.




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