BRIÓFITAS


As briófitas são plantas que fazem parte do reino Plantae. Elas são eucariontes, multicelulares e fotossintetizantes. Com a ausência de vasos condutores de seiva, as briófitas se mostram com pequeno porte e com estruturas rígidas de sustentação.

Nesse tipo de organismo, o transporte de substâncias acontece por meio da difusão. As briófitas são predominantes em ambientes com alta umidade e sombra, principalmente junto a fontes de água doce.

As plantas são formadas, basicamente, por três estruturas:


Rizoides – Filamentos responsáveis por fixar a planta em seu ambiente natural;
Filoides – Estruturas de fotossíntese, dotadas de clorofila;
Cauloide – Haste dos filoides.

As briófitas têm polinização hidrófila. Os gametas masculinos se movem por meio da água, com o suporte de flagelos, e chegam até os gametas femininos (quimiotactismo). O zigoto passa por mitoses e dá origem ao embrião da planta.

Características das briófitas

A água que vem do meio ambiente é absorvida e transportada pelas briófitas de célula para célula. O processo é lento e impede o crescimento da planta, fazendo com que as briófitas sejam sempre baixas. As briófitas mais conhecidas são os musgos e as hepáticas.
 Elas não são capazes de produzir flores, sementes ou frutos. Além disso, elas não contam com tecidos vasculares e, por isso, são denominadas plantas avasculares. São consideradas plantas primitivas.
É importante destacar que as briófitas não vivem no mar, e sim em áreas de clima quente e com água doce. No Brasil, essas espécies são comuns e bastante frequentes no ecossistema da Mata Atlântica, floresta presente da região sul até o sudeste do país.
Reprodução em briófitas

– Reprodução assexuada

Algumas briófitas do grupo das hepáticas podem reproduzir-se assexuadamente por meio de propágulos. Estes são estruturas multicelulares que se desprendem da planta-mãe e germinam, dando origem a uma nova hepática. Os musgos formam brotos laterais que se desenvolvem em novas plantas. Hepáticas podem fragmentar-se e originar novos indivíduos.

METAGÊNESE OU ALTERNÂNCIA DE GERAÇÕES 

O ciclo de vida das briófitas apresenta alternância de gerações. A geração predominante é haploide e forma gameta, razão pela qual é chamada geração gametofítica. A geração menos desenvolvida no ciclo é diploide e forma esporos, daí ser denominada geração esporofítica. São haplodiplobiontes, possuem fase haploide (n) e fase diploide (2n). As reproduções se alternam em sexuada e assexuada.

Gametófitos e gametas: anterozoide e oosfera

Algumas briófitas são monoicas, isto é, o gametófito apresenta tanto estruturas reprodutivas masculinas (anterídios) como femininas (arquegônios). Outras espécies são dioicas, com gametófitos masculinos, formadores de anterídios, e gametófitos femininos, formadores de arquegônios.
No anterídio são produzidos gametas masculinos, os anterozoides, células haploides dotadas de dois flagelos adaptados à natação. No arquegônio forma-se um único gameta feminino, uma célula haploide grande e arredondada, a oosfera.

Esporófito e esporos 

O zigoto multiplica-se por mitose e desenvolve-se em uma pequena planta diploide, o esporófito. Ele vive sobre o gametófito, de onde retira parte de sua nutrição. Em outras palavras, o esporófito depende do gametófito para sobreviver.
 
Com a maturidade, o esporófito forma uma cápsula, no interior da qual células diploides sofrem meiose e dão origem a esporos haploides. Estes se libertam e são carregados pelo vento. Se cair em um ambiente favorável, o esporo germina e forma um filamento multicelular, o protonema. A partir do protonema surgem novas plantas haploides de musgo que, ao atingir a maturidade, repetirão o ciclo.

PARA NÃO ESQUECER

Essa Divisão compreende vegetais terrestres com morfologia bastante simples, conhecidos popularmente como "musgos" ou "hepáticas". São organismos eucariontes e pluricelulares

  • Possuem amido como polissacarídeo de reserva;
  • As células possuem parede (composta por celulose);
  • Presença de cutícula- libertação do ambiente aquático
  • Ciclo de vida haplodiplobionte ( esporófito – diploide e gametófito – haploide), esporófito parcial ou completamente dependente do gametófito;
  • Fase permanente  - gametófito , transitória  - esporófito
  • Quimiotactismo – anterozoide( gônada – anterideo )/ se desloca em direção oosfera (anterozoide)
  • Polinização hidrófila e são criptógamas( sem flores e sementes)
  • São plantas avasculares (ausência de vasos condutores); os líquidos são conduzidos por difusão célula à célula.