Embriologia



O embrião forma-se pelo desenvolvimento da célula-ovo ou zigoto, que é, como sabemos, o produto da união do gameta masculino com o feminino.
Portanto, é o zigoto uma célula diploide (2n), uma vez que resulta da união de duas células haploides (n), que são: o espermatozoide e o óvulo.
Após a fecundação, o zigoto passa a sofrer sucessivamente divisões e, assim, formam-se várias células (= blastômeros), que permanecem unidas.
O Desenvolvimento Embrionário é dividido em quatro fases:
a)      Fecundação
b)      Segmentação
c)      Gastrulação
d)      Organogênese

 
a)      Fecundação: é a penetração e a união do espermatozoide com óvulo, havendo, assim, fusão dos pró-núcleos masculino e feminino.
Um  óvulo só pode ser fertilizado por um espermatozoide de sua mesma espécie; contudo, há exceções entre alguns indivíduos, que são do mesmo gênero, porém não são da mesma espécie; os filhos resultantes são chamados de HÍBRIDOS.

b) Segmentação: é a fase em que o ovo (zigoto) se divide, resultando várias células (= blastômeros) sem aumento do volume total do mesmo.
Na espécie humana, a primeira divisão do ovo ocorre 30 horas após a fecundação; formam-se assim  dois blastômeros. Sessenta horas depois, ou seja, dois dias e doze horas, ovo já apresenta de dezesseis e trinta e dois blastômeros – é a MÓRULA.
A mórula atinge a cavidade uterina no fim do 3º ao 7º dia.
Na mórula se forma um maciço celular com poucas células (dezesseis a trinta e duas, em média); estas células são os blastômeros, como já vimos.
Na blástula forma-se um maior número de células. Até o final da segmentação não ocorre volume total do ovo. Embora varie o número de células (= blastômeros), o volume total continua o mesmo.
Percebe-se que a blástula não é uma bola maciça: ela apresenta uma cavidade central cheia de líquido secretado pelas células; é esse líquido (= líquido blastular) que, comprimindo as células, forma a cavidade, que é chamada de BLASTOCELE.
Vimos no início que, na espécie humana, a primeira divisão do ovo ocorre trinta horas após a fecundação e que sessenta horas após o ovo já se encontra no estágio de MÓRULA (este nome se deve ao fato da sua semelhança com uma amora).
No caso específico ocorre o seguinte: a mórula atinge a cavidade uterina no fim do terceiro ao sétimo dia; aí, o líquido dessa cavidade passa em parte para o interior da mórula, separando suas células e forçando o aparecimento de uma cavidade, a BLASTOCELE: é a formação da Blástula que, no caso da espécie humana, recebe a denominação de BLASTOCISTO.
A formação do Blastocisto ocorre entre o quarto e o oitavo dia. Depois ele penetra no endométrio (mucosa uterina), caracterizando, assim, a NIDAÇÃO ou NIDIFICAÇÃO.
Na BLÁSTULA (BLASTOCISTO), temos a considerar as seguintes estruturas.

c) Gastrulação: A blástula é o final da segmentação; a partir daí, haverá a gastrulação. Aqui, as células continuam a se dividir e já ocorre um aumento do volume total do ovo. Além do volume, três outras características da Gastrulação são muito importantes:
A – Formação dos Folhetos ou Tecidos Embrionários que originarão os tecidos permanentes ou definitivos e os órgãos.
B – Formação do ARQUÊNTERON ou Intestino Primitivo.
C – Formação do Blastóporo.

Os Folhetos Germinativos e o Celoma

Quanto ao número de Folhetos Germinativos, os animais dividem-se em DIBLÁSTICOS (ou DIPLOBLÁSTICOS) e TRIBLÁSTICOS (ou TRIPLOBLÁSTICOS)
Diblásticos: São os animais que durante o desenvolvimento embrionário formam apenas dois folhetos: A ECTODERME e a ENDODERME. São os Poríferos e  Celenterados.
Triblásticos: São os animais que ao se desenvolverem embrionariamente, formam três folhetos germinativos: ECTODERME, ENDODERME e MESODERME. São os demais animais.
Nesse caso surge a gástrula, que vai apresentar uma cavidade – o arquênteron – que se comunica com o exterior pelo blastóporo. O blastóporo pode formar a boca ou o ânus. Nos animais protostômicos, o blastóporo forma a boca. Isso acontece nos Celenterados, Platelmintos, Nematelmintos, Moluscos, Anelídeos e Artrópodos. Nos animais deuterostômicos, o blastóporo forma o ânus. Fazem parte desse grupo os Equinodermos e os Cordados.
Quando surge  a mesoderme, forma-se o celoma. Todos os Cordados, Anelídeos, Moluscos e Artrópodos são celomados. Os Platelmintos são acelomados e os Nematelmintos são pseudocelomados, já que a cavidade do celoma não é totalmente revestida pela mesoderme.


d) Organogênese: é o processo de formação dos órgãos, a partir das estruturas embrionárias.
-          Tubo neural, formada pelo ectoderma;
-          A notocorda ou corda dorsal, formada pelo mesoderma.
Notocorda é uma estrutura maciça; que o Cordão Nervoso apresenta no seu interior um canal, chamado de Canal Neural ou Tubo Neural e que o Cordão Neural está acima da Notocorda.
O que nós acabamos de estudar é geral na Embriologia dos Vertebrados: a Notocorda apresenta-se maciça e situada abaixo do Cordão Nervoso, que é percorrido pelo Canal Neural.
Notemos que na Mesoderme se diferencia uma cavidade que é chamada de CELOMA; este fica inteiramente delimitado pela mesoderme.


Anexos embrionários

Anexos embrionários são estruturas que derivam do ovo, mas não fazem parte do corpo do embrião; os Anexos Embrionários auxiliam no desenvolvimento do embrião dos vertebrados.

                     1- Saco Vitelínico      
                     2- Âmnio
                     3- Alantoide
São eles :    4- Córion
          5- Placenta
          6- Cordão Umbilical

1 – Saco Vitelino: É o primeiro anexo embrionário a se formar; ocorre a partir dos vertebrados menos evoluídos, que são os peixes. Por sinal, é o único anexo embrionário dos peixes.
Trata-se de uma bolsa que abriga o vitelo; participa do processo de nutrição do embrião.
Não só nos peixes, mas também nos répteis e nas aves, o saco vitelino é bem desenvolvido e exerce importante papel na nutrição do embrião.
Não aparece de forma clássica nos anfíbios.
Os mamíferos possuem saco vitelino pouco desenvolvido, não tendo, portanto, significado no processo da nutrição do embrião. Nestes animais, a nutrição é basicamente desempenhada pela placenta. O saco vitelino tem função hematopoiética, originando, assim, os primeiros glóbulos sangüíneos e vasos do embrião.
Participa também da formação do cordão umbilical.
Em síntese, o Saco Vitelino é bem desenvolvido nos peixes, répteis e aves, reduzido nos mamíferos e inexistentes nos anfíbios.

1 – Saco Vitelino: É o primeiro anexo embrionário a se formar; ocorre a partir dos vertebrados menos evoluídos, que são os peixes. Por sinal, é o único anexo embrionário dos peixes.
Trata-se de uma bolsa que abriga o vitelo; participa do processo de nutrição do embrião.
Não só nos peixes, mas também nos répteis e nas aves, o saco vitelino é bem desenvolvido e exerce importante papel na nutrição do embrião.
Não aparece de forma clássica nos anfíbios.
Os mamíferos possuem saco vitelino pouco desenvolvido, não tendo, portanto, significado no processo da nutrição do embrião. Nestes animais, a nutrição é basicamente desempenhada pela placenta. O saco vitelino tem função hematopoiética, originando, assim, os primeiros glóbulos sangüíneos e vasos do embrião.
Participa também da formação do cordão umbilical.
Em síntese, o Saco Vitelino é bem desenvolvido nos peixes, répteis e aves, reduzido nos mamíferos e inexistentes nos anfíbios.
5 – Placenta: Anexo embrionário exclusivo dos mamíferos. Provém da união do córion e do alantoide. É através da placenta que o organismo materno fornece ao embrião não só o oxigênio, como também os alimentos.
É também através da placenta que o embrião elimina os resíduos do seu metabolismo, que são libertados na circulação materna. Graças à placenta, o embrião dos mamíferos é independente do meio externo, realizando, com o organismo materno,  todas as suas trocas.
Basicamente, a placenta exerce as seguintes funções:
-          Proteção
-          Nutrição
-          Respiração
-          Excreção
-          Secreção (progesterona e estrógenos)

Apesar de a placenta ser um anexo exclusivo dos mamíferos, existem alguns que são aplacentários. Daí a classe dos mamíferos  ser dividida em subclasses:
I.                    Prototérios: Mamíferos que não possuem placenta. Ex: ornitorrinco e équidna.
II.                  Metatérios: Mamíferos que possuem uma placenta rudimentar. Ex: os marsupiais – canguru, sariguê, koala.
III.                Eutérios: Mamíferos que possuem placenta desenvolvida. Ex: os demais mamíferos.

6 – Cordão Umbilical: É o anexo que liga a placenta ao embrião.
É formado basicamente por tecido conjuntivo mucoso; possui duas artérias umbilicais e uma veia umbilical, na qual o sangue venoso circula na artéria e o sangue arterial na veia (exceção).

Poliembrionia – É um fenômeno biológico no qual se formam mais de um embrião a partir de uma célula-ovo.
Ex: os tatus, cujas fêmeas formam quatro embriões de cada vez.
Na espécie humana, ocorre na formação dos gêmeos univitelinos ou monozigóticos.