Gimnospermas


As gimnospermas (sementes “nuas”) são um grupo de plantas caracterizadas pela presença de sementes, mas sem formação de fruto.
- O grande incremento trazido por esse grupo foi a semente. Ao contrário das pteridófitas, que são plantas vasculares sem semente, as gimnospermas deram um grande salto evolutivo com a produção de semente.
A semente é considerada uma “fortaleza biológica”, porque abriga e protege o embrião contra a desidratação, o calor, o frio e até contra a ação de parasitas. Outra importância da semente é o fornecimento de material de reserva para o embrião, garantindo o seu desenvolvimento.

- Outra inovação muito importante deste grupo foi o surgimento do grão de pólen, que é o gametófito masculino da planta. Sua dispersão independe da presença de água, porque uma vez que o mesmo está maduro, ele é disperso pela ação do vento, alcançando o arquegônio, que dará origem à formação do tubo polínico. Polinização Anemófila.
Características gerais:
Ø  Dispersão de sementes geralmente por vento (anemofilia)
Ø  Vegetação dominante em regiões mais frias
Ø  Produção de semente
Ø  Presença de estróbilos (flores)
Ø  Independência da água para reprodução
Suas sementes são denominadas de “nuas” por não estarem abrigadas no interior de um fruto.
Reprodução nas coníferas


A  reprodução neste grupo foi importante, eliminando a dependência da água para a fecundação com a produção de um tubo polínico, que transporta o anterozoide à oosfera. Igualmente importante é a eliminação de uma geração gametofítica independente e vulnerável, passando esta a ser protegida por tecidos do esporófito, principalmente na parte feminina.
Por último, a formação de semente, que permite a proteção e nutrição do embrião, protegido por tegumentos formados a partir de tecidos do esporângio, até que as condições ideais para a germinação sejam encontradas.
Estas plantas são quase sempre monoicas, embora apresentem macro e microesporângios em cones (“flores” sem perianto, ou seja, grupos de esporofilos com esporângios) separados. Os cones são formados por escamas férteis (esporofilos), inseridas em redor de um eixo, sendo estruturas homólogas das flores das angiospérmicas.

PARTE MASCULINA
Os cones masculinos – cones polínicos – são pequenos e localizam-se na base dos ramos ou nos ramos inferiores da árvore, conforme a espécie. São formados por escamas estaminais, que contêm na sua página inferior dois sacos polínicos membranosos, onde se formam os grãos de pólen, por meiose das células-mãe dos grãos de pólen.  Os grãos de pólen iniciam a sua germinação ainda antes de serem libertados e espalhados pelo vento, com a ajuda de dois flutuadores ( grão de pólen alado).
Cada grão de pólen já é formado nesta altura por duas células, uma célula germinativa e uma célula vegetativa ou do tubo.

PARTE FEMININA
Os cones femininos localizam-se geralmente nos ramos mais altos das árvores ou nas zonas terminais dos ramos.  São muito maiores e mais complexos que os masculinos.
Nos cones  formam-se estruturas pluricelulares designadas óvulos, que não são mais que os esporângios femininos ou megasporângios.
Esta estrutura contém apenas uma celula-mãe do megásporo, que sofrerá meiose e dará origem a 4 megásporos mas apenas um sobreviverá. A meiose, no entanto, apenas ocorrerá após a polinização.
Ao entrar em contato com o nucelo, o grão de pólen germina e forma o tubo polínico (quimiotropismo).
Agora, a célula germinativa sofre uma mitose e origina dois anterozóides, que são descarregados num arquegónio, no citoplasma da oosfera. Apenas um deles, no entanto, irá fecundar a oosfera, o outro degenera.
Os óvulos, após a fecundação, vão formar a semente, a qual será dispersa pelo vento com a ajuda de uma pequena asa, podendo ser transportadas a longas distâncias (pinhão).

PARA NÃO ESQUECER:

Gimnospermas como um pinheiro são organismos diploides e representam, portanto, a fase esporofítica do ciclo de vida alternante. Ao atingir a maturidade sexual, os gimnospermos produzem ramos reprodutivos especiais denominados estróbilos. Os estróbilos apresentam folhas especiais denominadas esporófilos, no interior dos quais são formados os esporos. Os esporos femininos são denominados megásporos e os masculinos micrósporos.
  • Grão de pólen alado
  • As células possuem parede (composta por celulose);
  • Possuem sementes - pinhão
  • Possuem flores - estróbilo
  • Presença de tubo polínico – polinização anemófila ( libertação do ambiente aquático)
  • Ciclo de vida haplodiplobionte ( esporófito – diploide e gametófito – haploide), esporófito parcial ou completamente dependente do gametófito;
  • Fase permanente - esporófito,  transitória  - gametófito
  • Ausência de fruto
  • São plantas vasculares