NEURÔNIOS
COMO AS MENSAGENS
PASSAM PELOS NEURÔNIOS
Um sinal carregado
por um neurônio pode parecer com uma corrente elétrica sendo carregada através
de um fio, mas na realidade é bem diferente. Uma minúscula carga elétrica é
produzida, mas o movimento do sinal ao longo de um axônio é mais semelhante à
queima de um estopim de pólvora. O sinal move-se com uma velocidade entre 1,5
metros e 90 metros por segundo.
O axônio é um tubo
fino cheio de substâncias químicas dissolvidas em água. Muitos têm a parte
exterior coberta com uma camada de material gorduroso, como um isolamento
elétrico. A passagem de um sinal ao longo do axônio envolve o movimento de
íons, ou minúsculas partículas eletricamente carregadas de dois elementos
metálicos: sódio e potássio. Normalmente há mais potássio do lado de dentro de
um axônio e mais sódio do lado de fora. Quando passa um sinal, a membrana que
cobre o axônio se altera, permitindo aos íons escoarem através dela, causando
uma mudança súbita nas propriedades elétricas nesse ponto. Essas mudanças
oscilam ao longo do axônio como uma onda.
Quando o sinal
alcança a sinapse, ele deve cruzar um pequeno intervalo para alcançar o próximo
neurônio. Minúsculas bolhas nas ramificações da extremidade dos axônios contêm
substâncias químicas, chamadas de transmissores.
Estas são liberadas quando atingidas pelos sinais e então atravessam o
intervalo da sinapse. Quando contatam os dendritos da célula seguinte, dão
início ao movimento do sódio e do potássio, transmitindo o sinal.
Agora o primeiro
neurônio volta ao estado de descanso normal, esperando por outro sinal. Os
transmissores químicos que carregam um sinal através do intervalo da sinapse
podem ser de dois tipos diferentes. Alguns são chamados de substâncias químicas
excitadoras. Estas são as substâncias que passam a mensagem para o próximo
neurônio, que em seguida, começa as mudanças elétricas que darão origem a
sinais a serem produzidos e passados ao longo do axônio. Os outros
transmissores são chamados de substâncias químicas inibidoras. Sua função é
evitar que um sinal seja produzido em outro neurônio.
Milhares de neurônios
estão em contato com os outros através de sinapse, e muitos estarão produzindo
sinais excitadores ou inibidores, O neurônio não produzirá nenhum sinal a menos
que receba mais mensagens excitadoras ("liga") do que inibidoras ("desliga").Um
sinal de um ou dois neurônios não é suficiente para acionar um outro - ele deve
receber vários sinais de uma vez. Isto significa que quaisquer sinais
ocasionais de milhares de neurônios ao redor não causarão uma mensagem falsa a
ser passada. E quase como o princípio da votação, onde o neurônio precisa dos
"votos" de uma série de outros neurônios antes de ser capaz de emitir
um sinal.
RESUMINDO
SINAPSE ELÉTRICA
A maioria das sinapses dos
mamíferos são sinapses químicas, mas existe uma forma simples de sinapse
elétrica que permite a transferência direta da corrente iônica de uma célula
para a célula seguinte. As sinapses elétricas ocorrem em locais especializados
chamados junções. Elas formam canais que permitem que os íons passem diretamente do citoplasma de uma célula
para o citoplasma da outra.
A transmissão nas sinapses
elétricas é muito rápida; assim, um potencial de ação no neurônio
pré-sináptico, pode produzir quase que instantaneamente um potencial de ação no
neurônio pós-sináptico. Sinapses elétricas no sistema nervoso central de
mamíferos, são encontradas principalmente em locais especiais onde funções
normais exigem que a atividade dos neurônios vizinhos seja altamente
sincronizada.
SINAPSE QUÍMICA
Nesse tipo de sinapse, o sinal de
entrada é transmitido quando um neurônio
libera um neurotransmissor na fenda sináptica, o qual é detectado pelo
segundo neurônio através da ativação de receptores situados do lado oposto ao
sítio de liberação. Os neurotransmissores são substâncias químicas produzidas
pelos neurônios e utilizadas por eles para transmitir sinais para outros
neurônios ou para células não-neuronais (por exemplo, células do músculo
esquelético, miocárdio, células da glândula pineal) que eles inervam.
A ligação química do
neurotransmissor aos receptores causa uma série de mudanças fisiológicas no
segundo neurônio que constituem o sinal. Normalmente a liberação do primeiro
neurônio (chamado pré-sináptico) é provocado por uma série de eventos
intracelulares evocados por uma despolarização de sua membrana, e quase que
invariavelmente quando um potencial de ação é gerado.
Entendendo o sistema
nervoso
É no sistema nervoso
central que ocorrem nossos pensamentos, emoções, ficam arquivadas nossas
memórias e ocorre todo tipo de estímulo sensitivo.
O sistema nervoso
periférico, composto pelos nervos do crânio e suas ramificações, controla a
entrada e saída de estímulos nervosos em nossos órgãos e sistemas. Subdivide-se
em sistema nervoso somático, sistema autônomo e sistema nervoso entérico
(funcionamento involuntário).
O sistema nervoso somático
é o responsável pela transmissão das informações de nossos sentidos (audição,
visão, paladar, olfato) ao SNC (sistema nervoso central), e, também, por
conduzir os impulsos nervosos do SNC aos músculos esqueléticos. No caso das
respostas motoras, esta ação será voluntária, pois, pode ser controlada
conscientemente.
O sistema nervoso autônomo
envia informações de órgãos viscerais, tais como, pulmão e estômago, ao SNC
(sistema nervoso central). Envia também impulsos nervosos do SNC ao músculo
liso, músculo cardíaco e glândulas. Sua ação é involuntária, pois não depende
de nossa vontade. Por exemplo, nosso coração continua batendo mesmo quando
estamos dormindo profundamente.
O sistema nervoso entérico,
localizado no intestino, controla todos os impulsos nervosos que ocorrem dentro
deste. Seu funcionamento também é involuntário, pois não podemos controlá-lo.
De forma geral, podemos
entender que o sistema nervoso desempenha inúmeras tarefas em nosso corpo, e,
que, através dos impulsos elétricos que ocorrem entre seus bilhões de
neurônios, ele é capaz de se conectar com todas as partes de nosso corpo.
Arco Reflexo
Trajeto percorrido
1 – Via aferente
2 – Neurônio sensitivo
3 – Sistema Nervoso central
4 – Neurônio motor
5 – Via eferente
Sistema Nervoso
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
O sistema nervoso central comanda as ações
voluntárias. Relacionado com ele está o sistema nervoso autônomo, que possui
ações involuntárias.
DIVISÃO:
1 - ENCÉFALO
É a parte do sistema nervoso
encontrado no crânio. A medula é o seu prolongamento que fica no interior do
canal vertebral.
Tanto o encéfalo como
a medula, encontram-se revestidos pelas Meninges.
São três membranas conjuntivas:
Pia – Mater: A mais interna está
em contato direto com o sistema nervoso, rica em vasos sanguíneos.
Aracnoide: Membrana que fica
no meio, cheio de espaços que são preenchidos pelo líquido cefalorraquidiano,
que apresenta os mesmos componentes do plasma sanguíneo. Tal líquido exerce
funções de nutrição e desintoxicação do sistema nervoso.
Dura-Mater: A mais externa está
em contato direto com os ossos
A - CÉREBRO
O cérebro consta de
dois hemisférios cerebrais, que apresentam grande número de sulcos, as
circunvoluções cerebrais, que servem para aumentar a superfície e permitir que
uma grande quantidade de células nervosas ocupe um espaço limitado.
O cérebro tem como
funções a percepção e o processamento de informações do interior e exterior do
indivíduo, produção de impulsos nervosos para a execução de movimentos, é
também a sede de consciência. Em sua porção inferior (diencéfalo) encontra-se a
glândula hipófise.
TELENCÉFALO – Parte
anterior – controla a memória, raciocínio e linguagem.
MESENCÉFALO
Relaciona-se com o
sono e a consciência, e possui centros de coordenação motora.
DIENCÉFALO – Tálamo e hipotálamo
B - BULBO
Contém o centro
nervoso cardio- respiratório e o da pressão cardíaca.
C - CEREBELO
Coordena os
movimentos do corpo, está intimamente relacionado com o órgão do equilíbrio.
2 - MEDULA
É o prolongamento do
encéfalo, passando pelo interior do canal vertebral. Na periferia está
constituída de substância branca, internamente substância cinzenta, ao
contrário cérebro e cerebelo.
A substância branca
da medula contém as vias sensitivas, que se dirigem ao cérebro, e vias motoras
descendentes, relacionadas com sistema muscular.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
É um conjunto de nervos que estabelece as
relações entre o sistema nervoso central e os diversos órgãos do indivíduo, ora
recebendo impulsos sensitivos, ora conduzindo impulsos motores.
O S.N.P. está
constituído dos nervos cranianos (12 pares) que partem do encéfalo, e os nervos
raquidianos (31 pares) que partem da medula.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
É o que controla todas as atividades
involuntárias do organismo, tais como: a pressão arterial, temperatura do
corpo, contrações dos músculos lisos das vísceras, batimentos cardíacos, a
respiração involuntária, as secreções. Compreende os sistemas simpático e
parassimpático que possuem ações antagônicas, isto é, contrárias.
SIMPÁTICO
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PARASSIMPÁTICO
|
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Pupilas
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Dilata
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Contrai
|
Coração
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Acelera (taquicardia)
|
Retarda
(bradicardia)
|
Vasos sanguíneos
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Contrai (a pessoa
fica pálida)
|
Dilata ( a pessoa
fica vermelha)
|
Estômago
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Paralisa
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Excita
|
Intestino
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Paralisa
|
Excita
|
Bexiga
|
Relaxa
|
Contrai
|
Útero
|
Relaxa
|
Contrai
|
HOMEOSTASIA OU HOMEOSTASE
Homeostase é a condição de
relativa estabilidade da qual o organismo necessita para realizar suas funções
adequadamente para o equilíbrio do corpo.
Características
Apesar de mudanças que
possam vir a ocorrer no organismo, internamente ou externamente, a homeostase é
a constância do meio interno (líquido intersticial). Conservando-se em
temperatura adequada (37º C) ela garante que as trocas necessárias para o corpo
ocorram; e, assim, as células do corpo se desenvolvem.
Funções
Os responsáveis pelo
controle da homeostase são o sistema nervoso e as glândulas endócrinas. Por
exemplo, a insulina (que é um hormônio) age na redução dos níveis de glicose,
quando ele está muito alto. Outro exemplo: No caso de aumento de temperatura do
corpo, as glândulas sudoríparas são levadas a liberar mais suor; pois recebem o
comando dos impulsos nervosos; dessa forma, o corpo é esfriado.
Exemplos
A homeostase ocorre em todo
o organismo. Seguem alguns exemplos:
- No sistema circulatório:
aqui podemos observá-la desde seu início, ainda nos processos de contração e
relaxamento alternados do coração, onde o sangue é enviado a todo o corpo,
chegando até aos capilares, onde, por fim, ocorrem as trocas. Nessa etapa, os
nutrientes e oxigênio são transferidos ao líquido intersticial, e, por meio
deste, são transferidos os resíduos celulares para o sangue. Então, as
células, absorvem esses nutrientes e oxigênio e depositam seus resíduos nesse
líquido.
- Na manutenção do nível de
glicose no sangue: é por este equilíbrio que o cérebro e todo o corpo são
mantidos. Pois quando a glicose está abaixo do nível, isso pode causar danos,
como inconsciência ou até mesmo a morte. Já o contrário – muita glicose no
sangue – pode prejudicar os vasos sanguíneos e provocar grande perda de água
pela urina.
CURIOSIDADES
Um corpo em homeostase tem uma grande capacidade de se regenerar.
Pois um organismo em equilíbrio garante boa saúde. Dois fatores, entre vários
outros, que interferem nesse equilíbrio são: comportamento e ambiente. A
genética também, porém, pode ser influenciada pelos fatores já citados.
Levar um estilo de vida que contribua com a saúde, evitando uso de
substâncias nocivas ao organismo (ex.: álcool, cigarro, drogas), cultivando
bons hábitos alimentares, atividade física e até a sua forma de enxergar a
vida, pode contribuir muito para uma ótima saúde e bem-estar.