sábado, 21 de maio de 2016

O uso de Viagra® entre os jovens torna-se cada vez mais popular, você conhece os riscos?



Porque um jovem não deveria tomar Viagra? Porque a função do Viagra é puramente física. E na maioria dos jovens, não existe nenhum fator físico que impeça a ereção. No entanto, isso não tem impedido que cada vez mais pessoas nessa faixa etária recorram a esses métodos para atender a uma série de exigências sexuais, em regra criadas pelo grupo com quem andam, ou por uma ideia errada sobre o que é uma relação sexual, na maioria das vezes derivada de um consumo frequente de filmes e literatura não muito confiáveis sobre o tema.
Embora ainda não se possa estabelecer uma taxa exata, o psicoterapeuta Raymond Francis reportou em entrevista atender em seu consultório, a cada mês, pelo menos 15 jovens até 30 anos que relatam dependência estrita de Viagra e medicamentos similares para que possam “mandar bem” na cama. O que é um contrassenso, se levarmos em consideração a finalidade primordial do Viagra. Em sua origem, este tipo de medicamento foi desenvolvido para atender homens entre 45 e 50 anos, fase singular em que, apesar de ainda não se ter perdido o interesse sexual, o corpo pode já não responder mais à altura.
Assim, o homem nesta fase compara seu desempenho atual com o que já experimentou em outros momentos da vida, o que acaba por desencadear uma série de efeitos psicológicos. Ele pode sentir-se “menos homem”, que perdeu sua virilidade e é incapaz de atender sua parceira, podendo até entrar num episódio depressivo por conta disso. Em suma, a mente não mudou quanto ao sexo, mas o corpo sim.  E sendo que a ereção depende apenas do preenchimento do pênis por sangue, tudo o que o medicamento faz é dilatar os vasos sanguíneos. Havendo a estimulação sexual, o fluxo de sangue nesta região aumenta, e estando o homem tenso ou não, a ereção acontece.
É justamente este aspecto que tem atraído tanto aqueles que estão num momento exatamente oposto ao dos consumidores originais destes fármacos. Neste caso, o corpo está mais do que pronto para o sexo, mas a mente não. Sendo assim, melhor seria para o jovem encarar seus “fantasmas”. Desfazer quaisquer tabus que ainda possa ter sobre o sexo ou sobre sua autoimagem. Tem sido assim desde sempre. Quantos que hoje desfrutam plenamente de uma vida sexual ativa não se recordam das inseguranças que tinham quando mais jovens?  Mas hoje, basta uma “pílula mágica” e resolve-se o problema num instante.
O que preocupa é que, como todo medicamento, o Viagra possui efeitos colaterais os quais são minuciosamente monitorados quando o consumo é feito sob prescrição médica. O rosto pode ficar vermelho, o nariz entupido, além de outros efeitos, como dores de cabeça, enjoos e em caso de uso prolongado, pode haver até danos na visão e na audição. Isso sem contar nos efeitos que o Viagra pode ter quando usado por cardíacos, ou em conjunto com outros medicamentos ou ainda com álcool e outras drogas, o que não é incomum entre jovens.
A dependência pode se estabelecer a partir do momento em que o jovem começar a acreditar que só poderá ter um bom desempenho se estiver sob o efeito do medicamento. É precisamente aí que ele sofre o maior dos prejuízos. Entre as espécies cujos filhotes são cuidados pelos pais no começo da vida, tornar-se adulto é mais do que meramente tornar-se apto para a reprodução. Mas sim, tornar-se capaz de enfrentar sozinho os problemas reais da vida. E quando se trata de sexualidade entre jovens, a parte mais triste é justamente esta: que estes problemas sequer existem de verdade, a não ser do pescoço para cima. Quase nunca da cintura para baixo. [Diariodebiologia]

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Oleh

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