quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Pesquisadores descobrem antibiótico superpoderoso dentro do nariz humano

Pesquisadores da Universidade Tübingen, na Alemanha afirmam terem descoberto o primeiro antibiótico escondido dentro do nariz humano. O ESTUDO foi publicado na revista Nature.
Cientistas estavam pesquisando o porquê de a bactéria Staphylococcus aureus serem responsáveis por tantas mortes causadas por infecções hospitalares difíceis de serem tratadas. Eles já sabiam, baseados em estudos anteriores, que esta bactéria vivia dentro das narinas de 30% da população, e estavam tentando entender o porquê disso. A teoria é que bactérias batalhavam entre si para ver quem ia dominar o espaço do nariz, como o ambiente não é favorável para os seres vivos, dificilmente muitas espécies conseguiriam sobreviver ali.
Para entenderem isso os pesquisadores infectaram ratos com S.aureus e, depois disso, os contaminaram também com outras bactérias Staphylococcus. Para surpresa dos envolvidos no projeto, os ratinhos não passaram muito mal. E a responsável por isso era uma terceira bactéria: a S. lugdunensis, que vive no nariz e mata os outros micro-organismos. Ela sintetiza uma espécie de antibiótico poderosa, que foi chamado de lugdunina.
As bactérias nocivas não conseguiam criar resistência a ele, mesmo quando colocadas em contato com pequenas quantidades do antibiótico. A descoberta pode inaugurar uma nova era no combate a infecções bacterianas e os pesquisadores acreditam que outros antibióticos podem estar escondidos em diferentes partes do nosso corpo, o que deixou os especialistas bastante animados.
As pesquisas ainda estão no início e ainda precisam ser testadas com mais profundidades. Os pesquisadores pensam que a falta de resistência por parte das bactérias pode ser um fenômeno momentâneo. “A resistência é naturalmente produzida por organismos que tentam sobreviver por milhões, se não bilhões, de anos. Ela irá se desenvolver, é inevitável“, disse Brad Spellberg, professor de medicina clínica da Universidade do Sul da Califórnia. Além disso, a própria S. lugdunensis pode criar problemas: está relacionada a infecções na pele, nos olhos e até no coração.

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Oleh

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