quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Você sabia que algumas pessoas têm buracos minúsculos nas orelhas desde o nascimento? Veja se você é uma delas!

Algumas pessoas apresentam certos buraquinhos nas orelhas e não estou falando de buracos para brincos ou piercings. São minúsculos buracos que se localizam na margem anterior do ramo ascendente do rebordo exterior do pavilhão da orelha, eles podem ser uni ou bilaterais. Apenas 0,1% da população dos Estados Unidos apresentam esses buracos, 0,9% no Reino Unido, 4% da população da Ásia e 10% da África, de acordo com o estudo realizado pelos pesquisadores do Departamento de Otorrinolaringologia da Universidade de Medicina de Seul, Coréia do Sul e publicado pelo National Center for Biotechnology Information.
Na verdade, esses buraquinhos foram descritos pela primeira vez em 1864 por Heusingerl e Virchow e ocorre por um defeito na embriogênese, ou seja, na formação do embrião. A origem desse buraco que na verdade se chama Coloboma auris ou seio pré-auricular vem do aparelho branquial que é transitório nos mamíferos e atinge desenvolvimento máximo nos peixes. Esse aparelho é formado por seis fendas que irão formar todo pavilhão auricular. A falta de fusão entre a primeira e a segunda fenda, geralmente, facilitará a formação desse orifício na pele, onde as células migram para dentro e formam o buraco.


Na maioria das vezes esse buraco é inofensivo, não causa nenhum tipo de problema na pessoa e seu relato tem sido descrito apenas como um simples buraco na orelha. Porém, algumas vezes esse buraco pode aumentar de tamanho, ficar vermelho, provocar dor e algumas pessoas apresentam febre e algum tipo de corrimento esbranquiçado ou purulento.
O diagnóstico é apenas clínico e o médico irá observar diretamente a orelha do paciente, pois não existe nenhum tipo de exame específico, já que o problema é externo e com origem embrionária. O buraco é geralmente ovalado e fica na região pré-auricular. O tratamento quando há alguma infecção é à base de antibiótico, antiinflamatório e analgésico. O tratamento definitivo é a cirurgia que deve ser realizada com equipamentos de última geração, pois o buraco é muito ramificado e qualquer fragmento deixado pode contribuir para uma reincidência do problema.
A cirurgia é realizada com ajuda de microscópios e microinstrumentos. A recuperação é rápida e em poucas semanas tudo está completamente cicatrizado.
Reprodução; Diariodebiologia

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Oleh

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