Fadiga, indisposição, distúrbios do sono e, principalmente, dor. Estas são as principais manifestações da fibromialgia, que afastou a cantora Lady Gaga dos palcos do Rock in Rio 2017 .
"Brasil, estou arrasada de não estar bem o bastante para ir ao Rock in Rio", disse a cantora nas redes sociais. ""Fui levada ao hospital, não é apenas dor no quadril ou lágrimas da turnê, estou com muita dor", completou ela.
"Sentindo dor sem um motivo aparente, o indivíduo sofre também com mudanças de humor, como irritabilidade e ansiedade", destaca Cláudio Correa, coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital Nove de Julho (SP) e presidente do Instituto Simbidor (SP).
"Além das alterações emocionais, são muito comuns a indisposição e a falta de energia", completa Suely Roizenblatt, especialista em reumatologia e professora adjunta da disciplina de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que desenvolve estudo sobre a fibromialgia desde 1990.
O paciente ainda pode ser acometido por sonolência, sensação de edema nas mãos, dor de cabeça, síndrome do cólon irritável (diarreia crônica) e outros distúrbios gastrointestinais, síndrome de Raynaud (alteração temporária na coloração da pele) e bruxismo (ato de apertar e ranger os dentes durante a noite).
"Além das alterações emocionais, são muito comuns a indisposição e a falta de energia", completa Suely Roizenblatt, especialista em reumatologia e professora adjunta da disciplina de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que desenvolve estudo sobre a fibromialgia desde 1990.
O paciente ainda pode ser acometido por sonolência, sensação de edema nas mãos, dor de cabeça, síndrome do cólon irritável (diarreia crônica) e outros distúrbios gastrointestinais, síndrome de Raynaud (alteração temporária na coloração da pele) e bruxismo (ato de apertar e ranger os dentes durante a noite).
Mulheres
A fibromialgia é prevalente em mulheres - em uma proporção de dez para cada homem com o problema -, especialmente na faixa etária entre 36 e 60 anos. Estudos com crianças, adolescentes e grupos especiais são escassos e pouco conclusivos.
Alarme defeituoso
Quem apresenta o distúrbio tem maior suscetibilidade à dor e uma falha na modulação da mesma: quando ela é desencadeada, fica difícil inibi-la. "É como um alarme defeituoso, que dispara por qualquer razão e não para de soar", destaca Moisés Cohen, professor e chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unifesp, diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte (SP).
O organismo é afetado por inteiro. "Trata-se de uma condição sistêmica – acomete todo o corpo – e crônica, que evolui com períodos de exacerbação e remissão. Nesse sentido, o tratamento deve ser o mais abrangente possível", completa Alexandre Walter de Campos, neurocirurgião responsável pelo Ambulatório de Dor do Hospital São Camilo (SP).
Em pesquisa feita em 2002 pela "Arthritis & Rheumatism", revista oficial do Colégio Americano de Reumatologia, com 20 mulheres diagnosticadas com o mal e dez sem a doença, estudiosos detectaram alterações no cérebro daquelas com fibromialgia. O processo de análise incluiu uma tomografia computadorizada.
O organismo é afetado por inteiro. "Trata-se de uma condição sistêmica – acomete todo o corpo – e crônica, que evolui com períodos de exacerbação e remissão. Nesse sentido, o tratamento deve ser o mais abrangente possível", completa Alexandre Walter de Campos, neurocirurgião responsável pelo Ambulatório de Dor do Hospital São Camilo (SP).
Em pesquisa feita em 2002 pela "Arthritis & Rheumatism", revista oficial do Colégio Americano de Reumatologia, com 20 mulheres diagnosticadas com o mal e dez sem a doença, estudiosos detectaram alterações no cérebro daquelas com fibromialgia. O processo de análise incluiu uma tomografia computadorizada.
Foi possível, então, observar que as que sofriam da doença apresentavam modificações no fluxo sanguíneo na região cerebral conhecida por mensurar a intensidade da dor. "E tais alterações se mostraram proporcionais à gravidade da disfunção", atesta o cirurgião vascular Wilson Rondó, especializado em medicina preventiva molecular e terapias antioxidantes pelo The Robert W. Bradford Institute (EUA).
Tratamentos
O exercício físico, aliás, é muito recomendado. "Ele atua de forma direta na dor e nos sintomas oriundos da patologia, como ansiedade e depressão", considera Robson Donato de Souza, personal trainer da Academia Competition "Salvo quem apresenta alguma contraindicação, todos os pacientes se beneficiarão ao praticar de forma regular."
A psicoterapia e o acompanhamento psiquiátrico também entram em cena se o indivíduo apresentar instabilidade emocional e quadros depressivos. "Na maioria das vezes, o portador não se sente física e emocionalmente saudável", diz o neurocirurgião Cláudio Correa. Isso acontece, em parte, porque os fibromiálgicos normalmente são desacreditados por não apresentarem sinais físicos evidentes e tampouco exames laboratoriais e de imagem que comprovem sua disfunção.
Wilson Rondó recomenda, por sua vez, um programa que inclua alimentação individualizada. "Muitos pacientes têm alergia alimentar. Passando a comer de acordo com seu tipo metabólico, é possível promover uma considerável melhora no quadro."
Reprodução: Jornal floripa
Conheça a síndrome que causa dores e desânimo e tirou Lady Gaga dos palcos
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Oleh
Beth Medauar