Conrado Mario da Rosa, Gabriela Franzoi Dri e Leandro Malta Borges, estudantes de Ciências Biológicas, estavam no local quando avistaram parte de uma cobra de mais de 50cm escondida embaixo de uma rocha. Ao se aproximarem, viram que o animal estava sendo devorado por uma grammostola quirogai, tipo de tarântula bastante comum nos campos daquela região e alvo dos estudos do grupo.
– É conhecido o fato de grandes aranhas terem capacidade de subjugar grandes presas, e existem registros de casos de aranhas comendo cobras. Porém, em quase totalidade, são aranhas que usam a teia como armadilha para captura, o que não é o caso das caranguejeiras – conta Leandro, 25 anos, que, assim como seus colegas, integra o Laboratório de Biologia Evolutiva da UFSM.
Depois que o trabalho foi publicado, o grupo recebeu o relato de evento semelhante ocorrido no Nordeste. Porém, naquele episódio, a serpente escapou.
– Então, é um registro importante, que afirma a capacidade de elas se alimentarem de animais com tamanhos muito superiores a seus próprios corpos. Creio que a raridade da situação, aliada ao fato de esse ser o primeiro registro da espécie para o Brasil, e ainda ser um evento envolvendo dois grupos animais que trazem tanto medo a muitas pessoas, levou a essa propagação que nunca imaginávamos quando publicamos o trabalho – avalia Leandro.
Alunos da UFSM fazem foto inédita de tarântula devorando uma cobra
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Oleh
josé