Hipótese é que radiação tenha contribuído para mudanças no sangue. Macacos da região apresentam menos glóbulos brancos e vermelhos.
Exames de sangue feitos em macacos que moram na região de Fukushima, após a catástrofe nuclear, puseram em evidência uma presença menor de glóbulos brancos e vermelhos, o que poderia causar maior vulnerabilidade nesses primatas, revelou um estudo publicado nesta quinta-feira (24 de julho de 2014) na revista "Scientific Reports", do grupo "Nature".
Entre abril de 2012 e março de 2013, a equipe de Shin-ichi Hayama (Universidade Japonesa de Ciências da Vida e Veterinárias) analisou o sangue de 61 macacos que vivem em um raio de 70 km da usina de Fukushima Daiichi, danificada pelo tsunami de 11 de março de 2011.
Para dispor de um ponto de comparação, os cientistas também analisaram o sangue de 31 macacos da península de Shimokita, situada a 400 km da usina nuclear.
"Comparados com os macacos de Shimokita, os símios de Fukushima tinham quantidades significativamente menores de glóbulos brancos e vermelhos, de hemoglobina e hematócritos", afirmaram os pesquisadores.
"Os resultados sugerem que a exposição a substâncias radioativas contribuiu para causar modificações hematológicas nos macacos de Fukushima", acrescentaram.
Ao mesmo tempo em que excluem doença infecciosa ou desnutrição como outra causa possível das alterações, advertiram que serão necessários novos estudos para confirmar suas conclusões.
Estudo detecta alterações no sangue de macacos da região de Fukushima
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Oleh
josé