quarta-feira, 27 de maio de 2020

Estudo sugere qual foi o primeiro animal terrestre da história

Artrópode de 2,5 cm é uma possibilidade viável para encarnar a transição da vida aquática para a terrestre



Um dos grandes mistérios da biologia gira em torno de qual teria sido o primeiro animal terrestre da história. Sabe-se que os seres mais antigos eram aquáticos e que, em algum ponto, há milhões de anos, eles fizeram a transição para a terra. No entanto, não se conhece ao certo qual teria sido o animal pioneiro no solo. Agora, um grupo de cientistas norte-americanos e alemães revelou, em estudo, ter identificado um ótimo candidato para o posto de primeiro ser terrestre: um tipo de escorpião achado nos Estados Unidos.

Trata-se de um artrópode de cerca de 2,5 centímetros de comprimento e que teria vivido há cerca de 435 milhões de anos. Descoberto no estado de Wisconsin (EUA), o animal é o aracnídeo mais antigo já encontrado. Assim como escorpiões modernos, possui duas garras e uma cauda com ferrão.

Mas o mais importante para os pesquisadores é o que estava dentro do aracnídeo: estruturas respiratórias compatíveis com a vida na terra, e não na água, e com a respiração do ar. O escorpião é o mais antigo animal a apresentar tais evidências.

Apesar de ter uma estrutura semelhante à dos escorpiões atuais, o fóssil não apresentava pulmões, prova cabal de um ser que vive na terra. Por isso, é recomendado que se tenha cautela em estabelecer o animal como pioneiro definitivo da vida terrestre. Existe também a possibilidade de que o artrópode tenha vivido tanto em ambientes terrestres quanto aquáticos.

Além disso, é possível debater que, se esse aracnídeo vivia na terra, outros animais similares poderiam ter povoado o novo ambiente antes dele, como aranhas e outros artrópodes. Por isso, não é possível afirmar com precisão que o escorpião foi de fato o pioneiro nesse meio — pelo menos por enquanto.

Reprodução: VEJA

Relacionados

Estudo sugere qual foi o primeiro animal terrestre da história
4/ 5
Oleh

Inscreva-se via email

Quer receber atualizações de novos artigos como este? adicione o seu e-mail!