A polêmica veio à tona depois que a diretora do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nos EUA, a médica Rochelle P. Walensky, disse que pessoas que receberam duas doses de vacinas contra a covid-19 “não carregam o vírus” e, por isso, não seriam capazes de infectar ninguém. A afirmação vai contra as recomendações do próprio órgão para o uso contínuo de máscaras e para distanciamento social.
“É possível que algumas pessoas que estão totalmente vacinadas possam pegar Covid-19. A evidência não está clara se elas podem espalhar o vírus para outras pessoas. Continuamos avaliando as evidências”, disse logo depois um porta-voz do CDC ao jornal The Times.
Prevenção
A declaração da diretora do CDC, proferida na última quinta-feira (8), veio acompanhada da divulgação de um estudo sobre se as vacinas aprovadas nos EUA são eficazes na prevenção de infecções. O estudo envolveu 3.950 profissionais de saúde na linha de frente do combate ao vírus. Duas semanas depois de serem imunizadas, a grande maioria permaneceu livre do vírus.
O consórcio Pfizer/BioNTech divulgou dados de acompanhamento daqueles que receberam sua vacina gênica: 77 pessoas que receberam a vacina tiveram covid-19, em comparação a 850 pessoas que receberam um placebo.
“Os dados sugerem que é muito mais difícil para as pessoas vacinadas serem infectadas, mas não é impossível. Claramente, algumas pessoas vacinadas são infectadas”, disse o virologista Paul Duprex, diretor do Centro de Pesquisa de Vacinas da Universidade de Pittsburgh.
Os estudantes estão sendo divididos aleatoriamente em dois grupos: a metade será imunizada com a vacina de RNAm da Moderna que, em testes clínicos, mostrou eficácia de 94% na prevenção de covid-19; a outra metade só poderá se vacinar daqui a quatro meses. O estudo será desenvolvido ao longo de cinco meses.
Os dados coletados no estudo com os dois grupos poderão determinar quão bem as vacinas funcionam para deter a propagação do SARS-CoV-2, quais os perigos que as variantes representam e se o vírus continuará circulando, sendo passado adiante por aqueles que se vacinaram, tornando-se disseminadores assintomáticos.
Um estudo publicado na revista Nature Medicine em fins de março por pesquisadores israelenses mostrou que pessoas imunizadas no país com a vacina da Pfizer e que contraíram covid-19 tinham cargas virais mais baixas do que pessoas não vacinadas que foram infectadas.
O estudo publicado, porém, foi observacional e não, um ensaio clínico randomizado (padrão-ouro em testes clínicos). A carga viral necessária para a contaminação também pode variar, a depender das cepas hoje em circulação.
A declaração da diretora do CDC, proferida na última quinta-feira (8), veio acompanhada da divulgação de um estudo sobre se as vacinas aprovadas nos EUA são eficazes na prevenção de infecções. O estudo envolveu 3.950 profissionais de saúde na linha de frente do combate ao vírus. Duas semanas depois de serem imunizadas, a grande maioria permaneceu livre do vírus.
O consórcio Pfizer/BioNTech divulgou dados de acompanhamento daqueles que receberam sua vacina gênica: 77 pessoas que receberam a vacina tiveram covid-19, em comparação a 850 pessoas que receberam um placebo.
“Os dados sugerem que é muito mais difícil para as pessoas vacinadas serem infectadas, mas não é impossível. Claramente, algumas pessoas vacinadas são infectadas”, disse o virologista Paul Duprex, diretor do Centro de Pesquisa de Vacinas da Universidade de Pittsburgh.
Propagação
Há chances de quem foi vacinado passar a doença adiante? É isso o que o governo americano quer descobrir e, para isso, está financiando um estudo, a ser conduzido pela Rede de Prevenção COVID-19 (CoVPN), com 12 mil alunos, com idades entre 18 e 26 anos, de 21 campi universitários.
Há chances de quem foi vacinado passar a doença adiante? É isso o que o governo americano quer descobrir e, para isso, está financiando um estudo, a ser conduzido pela Rede de Prevenção COVID-19 (CoVPN), com 12 mil alunos, com idades entre 18 e 26 anos, de 21 campi universitários.
Os estudantes estão sendo divididos aleatoriamente em dois grupos: a metade será imunizada com a vacina de RNAm da Moderna que, em testes clínicos, mostrou eficácia de 94% na prevenção de covid-19; a outra metade só poderá se vacinar daqui a quatro meses. O estudo será desenvolvido ao longo de cinco meses.
Os dados coletados no estudo com os dois grupos poderão determinar quão bem as vacinas funcionam para deter a propagação do SARS-CoV-2, quais os perigos que as variantes representam e se o vírus continuará circulando, sendo passado adiante por aqueles que se vacinaram, tornando-se disseminadores assintomáticos.
Cargas baixas
O objetivo é determinar a duração da infecção em pessoas vacinadas e não vacinadas, medir a carga viral presente nos voluntários e, ainda, testar ao longo do tempo as pessoas no círculo pessoal dos participantes e as amostras coletadas, em busca de variantes. O resultado poderá determinar se pessoas com infecções assintomáticas, mesmo já vacinadas, podem espalhar covid-19.
O objetivo é determinar a duração da infecção em pessoas vacinadas e não vacinadas, medir a carga viral presente nos voluntários e, ainda, testar ao longo do tempo as pessoas no círculo pessoal dos participantes e as amostras coletadas, em busca de variantes. O resultado poderá determinar se pessoas com infecções assintomáticas, mesmo já vacinadas, podem espalhar covid-19.
O estudo publicado, porém, foi observacional e não, um ensaio clínico randomizado (padrão-ouro em testes clínicos). A carga viral necessária para a contaminação também pode variar, a depender das cepas hoje em circulação.
Reprodução: Tecmundo
É possível transmitir covid-19 mesmo estando vacinado?
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Oleh
Pedro Rios