segunda-feira, 24 de maio de 2021

Qual é a vacina mais eficaz contra o coronavírus?


Um
artigo publicado pelo jornal científico The Lancet indica que existem ao menos 96 vacinas contra covid-19 em desenvolvimento ao redor do globo. Oito delas já estão em uso. A pergunta de 1 milhão de dólares é: qual é a mais eficaz? A resposta é: depende.

Fatores como a população influenciam nos resultados. Por enquanto, em números absolutos, a maior taxa de eficácia é da Pfizer, criada em parceria com a BioNtech, que atingiu 95% de eficácia, sem efeitos colaterais significativos.


A vacina da Pfizer já está disponível para uso emergencial no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, todos os estados e o Distrito Federal receberão as doses de maneira proporcional. No entanto, a vacina deve ser utilizada somente nas capitais devido às particularidades de seu armazenamento, que deve ser feito entre -25 °C e -15 °C por, no máximo, 14 dias.

Eficácia das vacinas disponíveis no Brasil

Além da vacina da Pfizer, o Brasil está aplicando doses das vacinas CoronaVac, produzida em parceria com a chinesa Sinovac e Astrazeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido. A vacina da Johnson & Johnson (J&J) também deve começar a ser aplicada em julho no país.

Astrazeneca

A vacina mostrou eficácia de 82,4% com um intervalo de três meses entre as duas aplicações. Ela também pode reduzir em 67% a transmissão do vírus após a administração da primeira dose, segundo ensaios realizados pela Universidade de Oxford. O imunizante demonstrou 76% de proteção após a primeira dose – nível alcançado após 22 dias da imunização.

CoronaVac

A CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, tem eficácia geral de 50,38%. Esse percentual, segundo dados do governo brasileiro, refere-se a estudos feitos no país. A eficácia em casos leves de covid-19 foi de 77,96%.

Johnson & Johnson

A vacina de uma só dose da norte-americana J&J tem 72% de efetividade global, evitando 66% dos casos moderados a graves de covid-19, segundo declaração da empresa. Também previne 85% das infecções graves e 100% das hospitalizações e mortes decorrentes da infecção.
Vacinas disponíveis pelo mundo

Moderna

A vacina da farmacêutica americana Moderna é a segunda mais eficaz em termos absolutos, atingindo 94,1% de eficácia na prevenção da covid-19. A vacina também aparenta conseguir evitar que os voluntários fiquem gravemente doentes.

Novavax

A vacina da norte-americana Novavax atingiu 89,3% de eficácia nos ensaios clínicos. Apesar de ter atingido eficácia de 100% contra casos graves da doença causados pela cepa original do novo coronavírus, o imunizante se mostrou pouco eficaz contra a variante sul-africana – um reforço está sendo produzido pelo laboratório.

Sinopharm

A vacina do laboratório chinês Sinopharm, recém-aprovada pela OMS para uso emergencial, tem 86% de eficácia comprovada. Também tem 79% de eficácia na prevenção de casos sintomáticos graves e hospitalizações.

Sputnik V

O imunizante russo Sputnik V, produzido pelo Instituto Gamaleya, tem eficácia geral de 91,6%, de acordo com resultados da fase três de ensaios clínicos publicados na revista The Lancet.

Eficácia é relativa

Segundo o artigo citado no início desta notícia, o entendimento completo da eficácia das vacinas é menos simples do que pode parecer. A eficácia da vacina é geralmente relatada como uma redução do risco relativo (RRR). No entanto, o RRR deve ser visto no contexto do risco de infecção e adoecimento, que varia entre as populações e ao longo do tempo.

Enquanto o RRR considera apenas os participantes que poderiam se beneficiar da vacina, a redução do risco absoluto (ARR) – que é a diferença entre as taxas de ataque com e sem vacina – considera toda a população. Os ARRs tendem a ser ignorados porque fornecem um tamanho de efeito muito menos impressionante do que os RRRs.


O ARR também é utilizado para obter uma estimativa da eficácia da vacina, que é o número necessário para vacinar (NNV). A vacina mais eficaz então, segundo o artigo, seria o imunizante com maior RRR e menor NNV – que, no caso das vacinas analisadas, seria a da Moderna.

Reprodução: Tecmundo

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