Causas da poluição das águas do planeta
As principais causas de deteriorização
dos rios, lagos e dos oceanos são: poluição e contaminação por poluentes e
esgotos. O ser humano tem causado todo este prejuízo à natureza, através dos
lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem
controle.
Em função destes problemas, os
governos preocupados, tem incentivado a exploração de aquíferos (grandes
reservas de água doce subterrânea). Na América do Sul, temos o Aquífero
Guarani, um dos maiores do mundo e ainda pouco utilizando grande parte das
águas deste aquífero situa-se em subsolo brasileiro.
Problemas
gerados pela poluição das águas
Estudos da Comissão Mundial de Água e
de outros organismos internacionais demonstram que cerca de 3 bilhões de
habitantes em nosso planeta estão vivendo sem o mínimo necessário de condições
sanitárias. Um milhão não tem acesso à água potável. Em virtude desses
graves problemas, espalham-se diversas doenças como
diarreia, esquistossomose, hepatite e febre tifoide, que matam mais de 5
milhões de seres humanos por ano, sendo que um número maior de doentes
sobrecarregam os precários sistemas de saúde destes países.
Soluções
Com o objetivo de buscar soluções para
os problemas dos recursos hídricos da Terra, foi realizado no Japão, em março
de 2003, o III Fórum Mundial de Água. Políticos, estudiosos e autoridades do
mundo todo aprovaram medidas e mecanismos de preservação dos recursos hídricos.
Estes documentos reafirmam que a água doce é extremamente importante para a
vida e saúde das pessoas e defende que, para que ela não falte no século XXI, alguns
desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento das necessidades
básicas da população, a garantia do abastecimento de alimentos, a proteção dos
ecossistemas e mananciais, a administração de riscos, a valorização da água, a
divisão dos recursos hídricos e a eficiente administração dos recursos
hídricos.
Embora muitas soluções sejam buscadas
em esferas governamentais e em congressos mundiais, no cotidiano todos podem
colaborar para que a água doce não falte. A economia e o uso racional da água
deve estar presente nas atitudes diárias de cada cidadão. A pessoa consciente
deve economizar, pois o desperdício de água doce pode trazer drásticas
consequências num futuro pouco distante.
Dicas
de economia de água: Feche bem as torneiras, regule a descarga
do banheiro, tome banhos curtos, não gaste água lavando carro ou calçadas,
reutilize a água para diversas atividades, não jogue lixo em rios e lagos,
respeite as regiões de mananciais.
Dicas
para ajudar a diminuir a poluição das águas: não
jogar lixos em rios, praias, lagos, etc. Não descartar óleo de fritura na rede
de esgoto. Não utilizar agrotóxicos e defensivos agrícolas em áreas próximas à
fontes de água. Não lançar esgoto doméstico em córregos. Não jogar produtos
químicos, combustíveis ou detergentes nas águas.
EUTROFIZAÇÃO OU EUTROFICAÇÃO
Podemos caracterizar a eutrofização (termo
vindo do grego que significa bem nutrido) como um processo em que ocorre um
aumento na concentração de nutrientes (principalmente fósforo e nitrogênio) em ambientes
aquáticos, tais como rios e lagos.
Com grande quantidade de nutrientes disponível, diversas mudanças
podem ocorrer na comunidade aquática, dentre elas o aumento de determinadas
espécies e diminuição de outras. Dentre as espécies que mais se reproduzem em
ambientes eutrofizados estão as algas pirrófitas( maré vermelha),
cianobactérias (ressurgência) e bactérias aeróbias.
O excesso de nutrientes pode ser um fator extremamente importante
para aumentar o número de algas e cianobactérias do fitoplâncton em um ambiente
(floração). O aumento excessivo desses seres forma uma camada que faz com
que a luz solar seja impedida de passar, o que, consequentemente, afeta o
processo de fotossíntese realizado por algas e plantas aquáticas. Isso causa a
morte dos organismos fotossintetizantes que não estão localizados nas camadas
mais superficiais.
A grande quantidade de nutrientes, aumentada também pela morte das
algas, ajuda na reprodução e aumento exagerado de bactérias aeróbias. Por
utilizarem oxigênio na sua respiração, essas bactérias acabam consumindo grande
quantidade desse gás, o que acarreta a morte de várias outras espécies, como os
peixes e outros seres aquáticos. Vale destacar que, com a falta de oxigênio, as
bactérias aeróbias também acabam morrendo.
A eutrofização pode ocorrer naturalmente ou em razão da ação
antrópica. Quando ocorre naturalmente, geralmente é relacionada ao transporte
de matéria orgânica, que se acumula ao longo dos anos, configurando-se como um
processo mais lento que o ocasionado pela ação do homem. A ocorrência desse
fenômeno pela ação antrópica efetiva-se quando são lançados na água produtos
resultantes de atividades industriais e agropecuárias, bem como esgoto
doméstico, o que gera o aumento da disponibilidade de matéria orgânica e,
consequentemente, a eutrofização. Muitos rios e lagos brasileiros sofrem com
esse fenômeno, que ocasiona um grande dano ambiental, uma vez que diversos
organismos da flora e fauna acabam morrendo.
Vale destacar que, ao lançar esgoto nas águas, também há o aumento
da probabilidade de propagação de doenças. Diversas patologias causadas por
platelmintos, nematelmintos e protozoários são transmitidas principalmente em
razão da falta de um saneamento básico adequado. Percebe-se, portanto, que o
lançamento de dejetos constitui também um problema de saúde pública.
MAGNIFICAÇÃO OU BIOACUMULAÇÃO
Bioacumulação é o termo geral que descreve um processo pelo qual
substâncias (ou compostos químicos) são absorvidas pelos organismos. O processo
pode ocorrer de forma direta, quando as substâncias são assimiladas a partir do
meio ambiente (solo, sedimento, água) ou de forma indireta pela ingestão de
alimentos quem contém essas substâncias. Esses processos frequentemente ocorrem
de forma simultânea, em especial em ambientes aquáticos.
Biomagnificação (ou magnificação trófica) é um fenômeno que ocorre
quando há acúmulo progressivo de substâncias de um nível trófico para outro ao
longo da teia alimentar. Assim, os predadores de topo têm maiores concentrações
dessas substâncias do que suas presas.
Embora, o termo "bioacumulação", possa ser confundido ou usado
como sinônimo de “biomagnificação” ou mesmo “bioconcentração” existe uma
distinção importante entre esses termos. Bioacumulação ocorre num nível trófico
e representa o aumento da concentração de uma substância nos tecidos ou órgãos
dos organismos. Bioconcentração ocorre quando as substâncias são absorvidas
pelos organismos em concentrações mais elevadas do que o ambiente circundante.
Assim, a bioconcentração e a bioacumulação ocorrem dentro de um organismo,
enquanto que a biomagnificação ocorre entre os diferentes níveis da cadeia
alimentar (níveis tróficos).
Outra definição considera a bioacumulação como a soma dos dois
processos. De certa forma a bioconcentração e a biomagnificação resultam em
bioacumulação de substâncias geralmente tóxicas para os organismos.
Para que esses processos ocorram, as substâncias devem ser
lipossolúveis, ou seja, podem ser dissolvidas em gorduras, e dessa maneira
fixar-se nos tecidos dos seres vivos. As substâncias bioacumuladas geralmente
não são biodegradáveis ou não são metabolizadas pelos organismos, de maneira
que a sua taxa de absorção e armazenamento é maior que a de excreção.
As classes de compostos com maior capacidade de bioacumulação são
compostos cíclicos, aromáticos e clorados com moléculas grandes, ou seja pesos
moleculares maiores do que 236g/mol. Um exemplo muito conhecido é o pesticida
DDT, que já foi banido ou restrito, mas continua presente no ambiente porque
não é facilmente destruído. A biomagnificação do DDT ocorre porque esse
composto é metabolizado e excretado mais lentamente do que os nutrientes que
são transferidos de um nível trófico para o próximo. Assim, as aves e
mamíferos, por ocuparem um nível mais elevado na cadeia alimentar, podem
apresentar uma quantidade de DDT mais de um milhão de vezes maior do que a
quantidade encontrada na água do mar.
MARÉ NEGRA OU POLUIÇÃO PELO PETRÓLEO
As marés
negras podem ser compreendidas como sendo aquelas grandes manchas negras de
óleo, provenientes de derramamentos. O meio ambiente é alvo constante das
práticas humanas, especialmente quando essas práticas envolvem impactos
ambientais diretos ou acidentes decorrentes de manipulação de materiais
tóxicos.
Os oceanos,
em especial, são alvos bastante fáceis das atitudes predatórias dos seres
humanos, uma vez que muito do que produzimos, consumimos e descartamos de
maneira incorreta vai parar diretamente neles.
Entre as
muitas ocorrências de impactos ambientais no ambiente marinho, destacam-se as
marés negras acidentais que contaminam os mares e, consequentemente, o ambiente
marinho como um todo.
Em sua
maioria, as marés negras decorrem de vazamentos de petróleo de grandes navios
petroleiros, que, por causas diversas, tais como acidentes, acabam por deixar
vazar grandes quantidades de petróleo no mar.
O grande
problema desses derramamentos de óleo em auto mar é a rápida capacidade de
propagação desse material, alastrando-se por quilômetros de distância da origem
do acidente, chegando até as praias e zonas costeiras.
Muita dessa destruição ambiental provocada pelas marés negras está no fato de que dada a camada de petróleo estabelecida em cima do mar, não há como ocorrer a entrada de raios solares, e, por consequência, não há também como ocorrer a fotossíntese no ambiente marinho, provocando a mortalidade de inúmeras espécies pela eutrofização. Assim, conforme se alastra, a maré negra acaba por contaminar e destruir de maneira irreversível, na maioria das vezes, tanto a fauna como a flora marinha, provocando alguns dos maiores desastres ambientais de que se tem notícia.
Muita dessa destruição ambiental provocada pelas marés negras está no fato de que dada a camada de petróleo estabelecida em cima do mar, não há como ocorrer a entrada de raios solares, e, por consequência, não há também como ocorrer a fotossíntese no ambiente marinho, provocando a mortalidade de inúmeras espécies pela eutrofização. Assim, conforme se alastra, a maré negra acaba por contaminar e destruir de maneira irreversível, na maioria das vezes, tanto a fauna como a flora marinha, provocando alguns dos maiores desastres ambientais de que se tem notícia.
Vale
ressaltar que, todos os anos, em torno de 600.000 toneladas de petróleo em
estado bruto são derramadas nos oceanos, seja por meio de descargas ilegais ou
mesmo por acidentes.