Aparelho reprodutor Masculino e Feminino



Compõem-se dos seguintes órgãos :
1- Ovários
2- Trompas de Falópio
3- Útero
4- Vagina
5- Vulva


1 – Ovários: São as gônadas (glândulas sexuais) femininas. Produzem os óvulos (células sexuais femininas), que se constituem na sua secreção externa e hormônios, que são os estrógenos ou estrogênios e a progesterona, que representa a sua secreção interna.
Os ovários, como os testículos, também são glândulas anfícrinas. Eles são em número de dois e estão suspensos na cavidade abdominal, através de ligamentos.
Encontramos os famosos Folículos Ovarianos ou Folículos de Graaf, que são pequenas vesículas de tamanhos diferentes, conforme o grau de maturação dos mesmos.
Uma menina, ao nascer, possui, nos dois ovários, 300 mil a 400 mil folículos ovarianos primários. Mas durante a vida de uma mulher, apenas cerca de 300 deles (dos 300 - 400 mil) conseguem atingir a maturação. Os outros vão sofrer a atresia e regredirem, sem chegar a produzir óvulos. Por volta dos 45 anos de idade, a mulher entra em menopausa.


OBS: Numa mulher cuja menstruação seja regular, há a maturação completa e a ruptura de apenas um folículo com liberação do óvulo na fase de ovócito II, a cada período de 28 dias em média.
Os ovários se revezam mensalmente no trabalho da ovulação (= liberação do óvulo). Sendo assim, cada ovário ovula aproximadamente de 2 em 2 meses.

2 – Trompas de Falópio:
 São dois condutos ou tubos que servem de ponte entre os ovários e o útero. Nas extremidades livres, juntos aos ovários, as trompas se abrem num pavilhão cheio de franjas dotadas de movimentos ativos na época da ovulação.
Quando o folículo de Graaf se rompe e elimina o óvulo (na forma de ovótide II), este é recolhido pelas franja da trompa e daí é conduzido ao longo do canal da mesma.
As trompas exercem movimentos peristálticos, e seu epitélio de revestimento interno é ciliado, sendo capaz de executar um movimento ciliar ondulatório; esses movimentos (peristálticos e ciliar) impelem o óvulo para o útero.

3 – Útero:
 com grande capacidade de contração e distensão. Tem a forma de um pêra e, na mulher não-grávida, tem também um volume menor do que o de uma pêra. Os mamíferos são os únicos vertebrados cujas fêmeas possuem útero.
Na mulher, o útero fica situado na cavidade pélvica, entre a bexiga e o reto; a bexiga fica na frente e o reto, atrás do útero. Do ponto de vista anatômico, o útero é constituído de três camadas:
-         Endométrio
-         Miométrio
-         Perimétrio
- Endométrio: É a camada interna, ou seja, é a mucosa uterina que, durante a menstruação, se degenera e se desgarra, sendo eliminada juntamente com o sangue menstrual.
- Miométrio: É o músculo uterino, formado de tecido muscular liso; é o miométrio que, durante o parto, sob a ação de um hormônio hipofisário chamado de ocitocina, contrai-se exaustivamente para expulsar o novo ser formado.
Existem uns hormônios chamados de prostaglandinas que agem como estimulantes das contrações e fibras musculares lisas.
OBS: Admite-se que um dos fatores desencadeadores da cólica menstrual ou dismenorréia, bem como do orgasmo feminino, sejam as contrações espasmódicas musculares do útero, em função da atividade hormonal das prostaglandinas produzidas nos ovários.
- Perimétrio: É a camada serosa que reveste o útero. A abertura do útero é o colo uterino ou cérvix, através do qual passam os espermatozóides em seu caminho em direção às trompas.

4 – Vagina:
        é o órgão copulador feminino. A vagina é rica em glicogênio; este glicogênio, sob a ação de certas bactérias – Bacilos de Doderlein – transforma-se em glicose e sofre fermentação, transformando-se em ácido lático; daí a razão da vagina ser ácida (azeda) e seu pH em torno de mais ou menos 4 a 5. A presença dos Bacilos de Doderlein na vagina é um fenômeno natural.


O ciclo menstrual

 Ciclo menstrual é o conjunto de reações hormonais que sucedem periodicamente (a cada 28 dias) e que culmina com a eliminação de um óvulo que não foi fecundado.
Nesse ciclo de reações participam os hormônios gonadotróficos da hipófise e os hormônios do ovário.
Do 1º a 5º dia do ciclo há um sangramento pela vagina, ocasionado pela descamação da mucosa uterina no primeiro dia do ciclo. Nesse período a hipófise inicia a produção de FSH, que vai atuar no ovário, amadurecendo o folículo.
O folículo começa a produzir estrógeno, que inibe a produção de FSH e estimula a hipófise a produzir LH.
O estrógeno vai atuar no útero, estimulando o crescimento de sua mucosa interna (o endométrio).
Após a ovulação, que ocorre no 14º dia, o LH estimula a formação do corpo lúteo (ou corpo amarelo) no folículo que liberou o óvulo. Nesse local, tem início a produção do hormônio progesterona, que tem um papel importante no desenvolvimento do endométrio. À medida que sua concentração aumenta, ocorre um bloqueio na produção de LH pela hipófise num mecanismo de feedback negativo.
Nesse período, verifica-se uma atrofia do corpo amarelo. Como consequência, diminui o nível de progesterona. Diminuindo o estímulo sobre o endométrio, este se rompe e descama-se produzindo um sangramento. Com isso inicia-se um novo ciclo.
O ciclo descrito foi idealizado para uma mulher em que o fenômeno ocorre a cada 28 dias. Mas, nem sempre isso acontece. O ciclo varia de uma mulher para outra e, na mesma, pode sofrer variações.
Se o óvulo é fecundado, forma-se no útero a placenta, que secreta o hormônio gonadotrofina coriônica, que estimula o corpo amarelo  a produzir progesterona. Dessa forma, o nível de progesterona não cai e  a gravidez é mantida.

1 - Por que ocorre a menstruação?

A menstruação ocorre devido à ação dos hormônios ovarianos, estrógenos e progesterona, sobre o revestimento interno da parede do útero (endométrio). Esses hormônios produzem a multiplicação das células do endométrio, fazendo com que ele cresça e se torne mais espesso. Tudo isso para receber o resultado da fecundação e das primeiras fases do desenvolvimento embrionário (blástula). Quando a fecundação não acontece ou a blástula não consegue se fixar no endométrio, esse processo é interrompido. A produção de hormônios cai abaixo de determinada quantidade e o endométrio (agora maior) perde seus mecanismos de sustentação e desprende-se do útero. Este tecido é eliminado, junto com pequena quantidade de sangue, pela vagina: é o fluxo menstrual.

2 - O que é a ovulação e quando ocorre?

A ovulação é o processo de liberação, por um dos ovários, de um ovócito II (célula que completou a meiose I). Esse ovócito contém o material genético da mulher, acompanhado de elementos nutritivos, que permitirão o desenvolvimento inicial do ovo, caso haja fecundação. A ovulação ocorre mais ou menos no meio dos 28 dias do ciclo menstrual (perto do 14º dia do ciclo).


3 - Quais são as consequências da ovulação?                                                                        

A ovulação pode ter duas consequências:
- A primeira é que o ovário passa a produzir progesterona, que é o hormônio que prepara o endométrio para receber o blastocisto em caso de haver fecundação.
- A segunda consequência é a possibilidade de fertilização. Havendo relações sexuais, o espermatozoide pode penetrar no interior do ovócito II e fertilizá-lo; se tal ocorrer, acontecerá então a meiose II, com liberação do 2º corpúsculo polar, e ocorrerá a união dos núcleos do agora óvulo e do espermatozoide (cariogamia). O novo ser origina-se pelo pareamento desse material genético (masculino e feminino). Nesse momento, ele é chamado de ovo ou zigoto
DICAS
O espermatozoide passa pela corona radiata formada por células foliculares que revestem ao ovócito II. A dispersão destas células resulta principalmente da ação de enzimas, em especial a hialuronidase, liberada pelo acrossoma do espermatozoide.


A fertilização ocorre no terço superior das trompas de Falópio, onde oligossacarídeos aderidos às proteínas da zona pelúcida ligam-se aos receptores protéicos e desencadeiam a reação acrossômica, na cabeça do espermatozoide, que libera enzimas como a hialuronidase. O núcleo do óvulo, chamado pro núcleo feminino, funde-se com o núcleo do espermatozoide (pro núcleo masculino) dando origem à célula diploide ( 46 cromossomas no homem) chamada zigoto ou ovo.


APARELHO REPRODUTOR MASCULINO


Os órgãos do sistema reprodutor masculino produzem os gametas por meio da gametogênese e são anatomicamente moldados para inserir estes gametas no sistema reprodutor feminino para que haja fecundação e continuidade da espécie.
As gônadas masculinas, ou testículos, são órgãos sexuais principais, pois produzem os gametas e s hormônios que definem as características sexuais secundárias. O epidídimo, ducto deferente, vesículas seminais, próstata, glândulas bulbouretrais, escroto e pênis são chamados de órgãos sexuais acessórios.
O sexo do embrião é definido durante a fertilização, mas as estruturas reprodutivas só vão se desenvolver após a 8ª semana de gestação. Este período é chamado de período indiferenciado e é onde as gônadas começam a se diferenciar.
Após esse período, os canais seminíferos são formados, a partir do ducto mesonéfrico, que forma também os canais eferentes, epidídimo e o ducto deferente. As gônadas se diferenciam em testículos e passam a produzir hormônios masculinos, que controlam o desenvolvimento dos genitais externos. O pênis se origina de uma estrutura chamada tubérculo genital. O escroto se desenvolve a partir das dobras lábio escrotais. Após essa formação os testículos são inseridos.

Espermatogênese
É a produção de gametas masculinos, os espermatozoides, a partir de divisões celulares e mediada por hormônios. (veja mais em Espermatogênese)


Espermatozoide
O espermatozoide é a célula reprodutiva formada durante a gametogênese. Espermatozoides normais de seres humanos possuem 23 cromossomos.
O espermatozoide é composto pelas seguintes partes: a cabeça possui um núcleo e é coberta pelo capuz acrossômico, que possui enzimas que ajudam o espermatozoide penetrar no óvulo. O colo é a região que vem logo após a cabeça, seguida pela peça intermediária, que possui mitocôndrias que proporcionam energia para a movimentação do flagelo. O espermatozoide possui pouco citoplasma, por isso não sobrevive por muito tempo. A nutrição é retirada do sêmen.
Sêmen
As glândulas acessórias (vesículas seminais, próstata e glândula bulbouretral) produzem várias secreções que se misturam com os espermatozoides durante a passagem pelos canais e funcionam como nutrientes para os espermatozoides. Possui pH alcalino para protegê-los da acidez do pH vaginal.
Epidídimo
O epidídimo recebe os espermatozoides produzidos pelo testículo e serve como local de reserva de espermatozoides pos é um tubo muito longo. A musculatura lisa do epidídimo tem contrações que ajudam no transporte dos espermatozoides e na ejaculação. O processo de maturação dos espermatozoides ocorre durante sua passagem pelo epidídimo.
Ducto deferente
O epidídimo continua no ducto deferente, que desemboca na uretra prostática e é formado por músculo liso. Antes de penetrar na próstata, o tubo se alonga formando uma ampola, que se liga a vesícula seminal, segue penetrando na próstata ate chegar à região prostática da uretra. Na região intraprostática recebe o nome de ducto ejaculatório. Os músculos lisos do ducto deferente sofrem contrações durante a ejaculação.
Glândulas acessórias
- Vesículas seminais
As vesículas seminais são duas bolsas que secretam um líquido viscoso composto principalmente por frutose, prostaglandinas e várias proteínas que fornecem nutrição e energia para o espermatozóide. Localizam-se lateralmente aos ductos deferentes. A secreção das vesículas seminais é controlada pela testosterona.
- Próstata
A próstata produz o líquido prostático e se localiza próxima ao reto. Este líquido secretado é alcalino e leitoso, contribuindo na composição do sêmen.
- Glândulas bulbouretrais
São duas pequenas glândulas (do tamanho de ervilhas) que se localizam abaixo da próstata. Secretam um muco claro e tem função lubrificante.
Pênis
O pênis é formado pelas seguintes partes: glande, prepúcio, corpo cavernoso, corpo esponjoso e bulbo.
A glande é a extremidade do pênis, coberta por uma pele, chamada prepúcio. Os dois corpos cavernosos e o corpo esponjoso possuem espaços esponjosos que se enchem de sangue, causando a ereção. O canal da uretra passa por entre esses tecidos eréteis. O bulbo é a região alargada do corpo esponjoso, na sua região proximal (base do pênis).