Uma das alterações é o ‘hiperandrogenismo’ que quer dizer “excesso de hormônios andrógenos (masculinos)”. Isso costuma acontecer nas mulheres com SOP e causa pele oleosa, acne, queda de cabelo e hirsutismo. Hirsutismo é como chamamos o excesso de pelos grossos no corpo feminino, geralmente em locais mais comuns para homens, como abdômen, coxas, seios e rosto. Esse excesso de hormônios masculinos também está ligado ao aumento da quantidade de cistos nos ovários.
O bullying foi inevitável, acompanhado de agressões, isolamento e, claro, uma intensa depressão. A situação chegou ao extremo de Harnaam se autoflagelar e considerar suicídio. Para tentar amenizar os efeitos da doença, ela depilava o rosto diariamente e, quando não conseguia suportar a dor, apelava para a lâmina de barbear. Porém, aos 16 anos, ela mudou radicalmente o jeito que pensava sobre si. “Eu disse a mim mesma: ‘A energia que você está colocando em acabar com sua vida, coloque toda ela paratransformar o que está à sua volta e faça algo melhor’”. Harnaam também começou a fazer parte do siquismo, uma religião que não admite o corte de cabelo e de barba. Para ela, essa exigência foi positiva. “Quando eu comecei a deixar minha barba crescer, foi por uma questão religiosa, mas com o passar dos anos eu comecei a mantê-la por razões pessoais”, explicou.
Para ela, os pelos faciais a fazem sentir uma mulher forte, confiante e sem medo de quebrar as normas sociais.
Jovem com doença hormonal desenvolveu uma barba masculina
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Oleh
josé