quarta-feira, 20 de julho de 2016

Os animais também podem ficar gripados?

A gripe é o nome usualmente utilizado para designar a doença infecciosa do trato respiratório, cujo agente causador é um vírus. Os vírus são agentes infecciosos formados por material genético contendo molécula de RNA ou DNA e, para se replicarem, necessitam da célula de um ser vivo.

O vírus da gripe é cientificamente denominado de “Influenza” e já é sabido a ocorrência deste agente em animais: aves, suínos (porco) e equinos (cavalos). Contudo, muito recentemente, especificamente no ano de 2004, o vírus da gripe também foi identificado pela primeira vez em cães. O primeiro isolamento do vírus foi realizado no Centro de Diagnóstico de Saúde Animal na Cornell em parceria com a Universidade da Flórida. Curiosamente, após o sequenciamento do vírus encontrado em cães, nomeado cientificamente de CIV (do inglês, Canine Influenza Virus), foi possível identificar uma correlação com o vírus H3N8 que acometem equinos (cavalos) nos EUA.

Para aliviar a preocupação dos donos de cães americanos, nos EUA já está liberada a vacina para prevenir a gripe canina, a chamada vacina CIV. Pesquisas revelaram que durante o ano de 2013, não houve ocorrência do vírus da gripe na Flórida. No entanto, o vírus da gripe canina continua a circular entre os cães sob condições de confinamento como, por exemplo, em canis e abrigos de resgates de animais. Estudos também sugerem que estes animais confinados são a principal fonte de disseminação do vírus para novos locais.

O principal sinal da gripe canina é a tosse que pode persistir por várias semanas. O diagnóstico preciso é realizado através da identificação do vírus por ensaios laboratoriais com amostras de secreção respiratória, no prazo de 4 dias após o início dos sinais.




Atualmente, vem sendo levantada a hipótese de que os cães podem contribuir para a evolução de novas cepas do vírus influenza do tipo A para os humanos. Isto significa que há uma grande possibilidade, em virtude da estreita relação entre seres humanos e cães, destes animais de estimação abrigar o vírus da gripe humana favorecendo a formação de uma nova forma de vírus que podem contaminar os seres humanos.

No Brasil, uma pesquisa realizada em um Hospital Veterinário do Rio de Janeiro, coletou 63 amostras de secreção respiratória de cães. Por meio de análises moleculares encontraram o subtipo de vírus influenza equino, circulando em cães. Estudos posteriores para detectarem cães os subtipos aviário e humano do vírus da gripe, estão sendo conduzidos também no Brasil.




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Oleh

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