terça-feira, 19 de julho de 2016

Pesquisador revela evidências genéticas de que o ser humano ainda está em evolução

Considerando que o Homo sapiens só habita a Terra há 200 mil anos, já era de se esperar que a espécie ainda esteja em desenvolvimento. No entanto, muitos evolucionistas sugerem que nossa evolução física parou há pelo menos 40 mil anos. Contudo um novo artigo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences não corrobora essa teoria e mostra que a evolução humana continua.

O que tem sido aceito até então, é que os humanos não estão mais sujeitos às forças da seleção natural. Doenças que no passado eram mortais, hoje não são qualquer impedimento para que uma pessoa viva muitos anos e que tenha filhos. Desta forma, a espécie humana parece não sofrer mais a pressão “darwiniana” para se tornar susceptível às condições genéticas. Contra isso, alguns traços genéticos têm se tornado mais comuns. Um bom exemplo é a capacidade de digerir lactose que antes era absolutamente raro, mas nos últimos 4 mil anos vem se propagado dando vantagem de uma fonte extra de nutrição.

Dr. Jonathan Beauchamp pesquisador da Universidade de Harvard, o autor do artigo, cita a propagação da resistência à malária e a capacidade de viver em condições limitadas de oxigênio em altitudes elevadas, como outros exemplos de recentes formas de evolução humana. O pesquisador então, trouxe provas recentes do final do século XX, explorando a relação entre determinados genes e número de crianças, usando dados de 20.000 pessoas. Entre os genes ele optou por se concentrar naqueles conhecidos por influenciar as concentrações de colesterol e glicemia de jejum. Outros genes estudados afetam fatores como a idade da puberdade para as meninas, que podem alterar o número de filhos que as pessoas têm. Uma forte a relação encontrada entre baixo número de crianças e um conjunto de variações genéticas ligadas aos altos níveis de escolaridade. O fato de que as pessoas com diplomas universitários têm menos filhos, o que só comprovou que a tendência é ter sempre menos filhos e guardar sempre menos tempo para a prole.




No entanto, o autor observa que o efeito é lento, mas descreve a atualidade como um “atropelamento evolutivo”. No artigo, ele conclui que mesmo que seus dados não possam ser projetados ao longo de mais de uma geração, os resultados fornecem evidências adicionais de que os seres humanos ainda estão evoluindo – embora lentamente – especialmente em comparação às rápidas mudanças que ocorreram ao longo das últimas gerações devido a fatores culturais e ambientais. “Embora a seleção natural ainda esteja ocorrendo, o ambiente está sempre mudando, os níveis de colesterol estão subindo, as idades da puberdade estão caindo e mais pessoas estão estudando mais, o que significa que terão sempre menos filhos”, escreveu.

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Oleh

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