domingo, 21 de agosto de 2016

"Apocalipse zumbi" traz de volta surto de superbactéria na Sibéria. Cemitérios já estão sendo monitorados!

Depois que a temperatura do verão alcançou mais de 5ºC acima do normal, a Sibéria está lidando com um apocalipse zumbi da vida real. A antraz – Bacillus anthracis –  uma bactéria rara que infecta animais e seres humanos, apareceu na região de Yamal-Nenets e a fonte do surto parece ser a carcaça de uma rena que morreu há mais de 70 anos, na última epidemia de antraz.
Ao que parece a carcaça da rena abrigou nos dias frios uma pequena colônia da bactéria, que passou sete décadas inativa. Como o verão teve um considerável aumento na temperatura, a carcaça começou a descongelar e as bactérias retornaram à vida e logo nos primeiros dias já matou milhares de renas e infectou mais de 10 pessoas.
Bacillus anthracis são capazes de sobreviver, em forma de esporos,  mais de 100 anos nopermafrost – camada de terra que nunca descongela – e pode “voltar à vida” quando há um aumento de temperatura. Quando isso acontece o bacilo volta mais resistente e mais infecciosos. Mesmo quando esporulados, esta bactéria pode causar infecções quando vacas e bois, por exemplo, acabam ingerindo os micróbios no próprio pasto. Para se contaminar, os seres humanos precisam inspirar os esporos ou ter contato direto com animais contaminados.






Os especialistas estão verdadeiramente preocupados, imaginando que, com o aquecimento global, a temperatura continue a aumentar ressuscitando colônias de antraz em outros lugares gelados do planeta, causando uma significativa endemia.
Por causa deste cenário preocupante, os especialistas russos estão fazendo orientações típicas dos apocalipses zumbis da ficção: alerta constante e monitoramento de cemitérios onde vítimas da doença tenham sido enterradas. “Como consequência do derretimento do permafrost, os vetores de infecções mortais dos séculos 18 e 19 podem voltar. As sepulturas de gados e pessoas mortas por antraz devem ser monitorados constantemente”, disse bacteriologista George Stewart da Universidade de Missouri.
De acordo com os portal da FioCruz, para prevenção da doença é necessário controle da infecção animal através da vacinação dos rebanhos, da esterilização dos materiais contaminados e da higiene ambiental.

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Oleh

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