sábado, 6 de agosto de 2016

Nunca coma alimentos com formigas. Elas podem carregar mais doenças do que as baratas

As formigas são himenópteros da família Formicidae, com cerca de 12.585 espécies descritas. Tiveram um sucesso muito grande na adaptação, sendo que elas compõem cerda de 15% a 20% de toda a biomassa animal terrestre. Acredita-se que essas criaturas simpáticas habitam a terra há mais de 100 milhões de anos, enquanto o homem habita há 195 mil anos. Há uma estimativa de que existam 10.000.000.000.000.000 (dez quatrilhões) de formigas no planeta.

Poderíamos ficar aqui dando diversas informações sobre esses insetos incríveis, porém o foco não é esse. Então vamos ao que interessa.

Quem nunca foi comer um biscoitinho e viu uma formiguinha andando no pote de biscoitos? Ou então tirou o papel de uma bala e viu que tinha uma formiguinha lá? Enfim, diversas situações do cotidiano encontramos com esses insetos. Qualquer migalha deixada para trás, elas estarão lá para aproveitar, e até o que não foi deixado também, como um bolo ou biscoitos que comeríamos depois. Fazendo com que muitas vezes a gente diga: “Ahh!! É só uma formiguinha!”, e ignoramos muitas coisas importantes acerca desses insetos.

As formigas passam por diversos lugares nada legais. Como fezes, feridas, animais em decomposição e lixo. Ignorar a presença delas no alimento é perigoso. Como elas andam nesses locais, carregam micro-organismos patogênicos, como vírus, bactérias e fungos. Uma formiguinha pode causar doenças, como gripe, tuberculose, verminoses e até lepra, além de intoxicações alimentares, vômito e diarreia. A formiga é um grande vetor de doenças infecciosas.

Um estudo pulicado na Revista de Saúde e Biologia (SaBios) argumenta que as formigas são insetos de grande mobilidade, percorrem até três centímetros por segundo, podendo carrear uma variedade de bactérias em suas patas. O estudo buscou bactérias nas patas destes insetos em ambientes hospitalares e encontrou sete diferentes tipos de patógenos: “Foram identificadas as bactériasEnterobacter sp., Acinetobacter sp., Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus coagulase negativo (SCoN), Shigella sp, Serratia sp. e Klebsiela sp. em todos os setores investigados”. Outro estudo de 2010 publicado na Neotropical Entomology, diz que além das bactérias que estes insetos carregam, nos hospitais, elas podem estar associadas a vários tipos de incômodos como rejeição psicológica, irritações e lesões na pele, podendo, ainda, falsear resultados laboratoriais por passarem de uma placa de Petri a outra, resultando em diagnósticos equivocados.




Dificilmente alguém come um alimento que sabe que passou uma barata e quando o assunto é formiga, a maioria das pessoas ignora. Porém as formigas trazem um risco igual ou até maior que as baratas, uma vez que quando uma barata morre, quem faz o trabalho de recolher os restos mortais dela, são as formigas. Uma dissertação de Mestrado da USP mostrou em seus resultados que a presença de Salmonella aureus e de enterobactérias provenientes de amostras de formigas sugerem que estes insetos podem ser importantes vetores de microrganismos de relevância e que interfiram na higidez dos alimentos.

Com o aumento da temperatura e a chegada da primavera, a reprodução chega ao seu patamar perfeito, fazendo com que entrem em nossas casas buscando alimento. Caso a infestação não seja de grande proporção, algumas medidas já são suficientes para amenizar os problemas, como proteger os alimentos, limpar bem o ambiente sem deixar migalhas e vestígios de alimento, aplicar detergente e sabão nos buraquinhos que elas transitam. Se a infestação for de grande proporção é melhor chamar um especialista.

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Oleh

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