quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Transplante de fezes: Veja como é o procedimento e quem precisa fazer!

Em pleno século XXI, não é de se espantar ouvir sobre, transplante de órgãos ou então transfusão de sangue. É algo tão comum nos dias de hoje, que nossos ouvidos estão acostumados. Mas transfusão fecal?? Transplante fecal?? Também chamada de bacterioterapia fecal. E é exatamente o que você está pensando. Passar fezes de uma pessoa, para a outra.
Mas por que alguém iria querer fezes de outra pessoa? Acredite ou não, para algumas pessoas são bem úteis.
Existe uma bactéria resistente chamada Clostridium difficile. Ela causa colite pseudomembranosa (colite ulcerosa), causando diarreia, vômito e febre. Esta doença começa a ser tratada com fortes antibióticos que acabam matando também as bactérias boas da nossa flora intestinal. Então transferindo um pouco da flora intestinal de um parente ao cólon do paciente, permite que as bactérias benéficas do corpo se recolonizem e combatam as bactérias nocivas.
Um estudo holandês foi publicado na revista científica “The New England Journal of Medicine”, para testar a eficácia do transplante.


Os pesquisadores analisaram três grupos diferentes. O primeiro incluía 16 pessoas doentes, com diarreia causada pela bactéria Clostridium difficile, que receberam um antibiótico chamado vancomicina, lavagem intestinal e fezes de indivíduos normais, por meio de uma sonda que ia do nariz até o estômago ou o intestino delgado. Os outros dois grupos reuniam 13 voluntários cada, um tratado com vancomicina e lavagem, e o outro, apenas com o remédio. No primeiro caso, 15 participantes ficaram livres do problema, e nos demais, três e quatro pessoas se curaram, respectivamente.
Os autores do estudo disseram que o transplante pode reequilibrar rapidamente a flora bacteriana, o que muitas vezes não é controlado com antibióticos, já que a Clostridium difficile é bastante resistente.
O procedimento é feito pelo nariz. Um tubo é colocado nas vias nasais do paciente, que vai até o estômago, onde o líquido vai ser digerido e passar para o intestino, atuando na flora intestinal do paciente.

Funciona assim:

  1. Mistura-se cerca de 30 g de cocô do doador a 50 ml de uma solução salina até formar um líquido fétido, mas homogêneo
  2. Essa mistura é filtrada com um coador para retenção das partes sólidas que não foram diluídas
  3. Com uma seringa, o médico injeta por volta de 25 ml da solução de cocô por um tubo enfiado no nariz do paciente e que se estende até o estômago
  4. As bactérias presentes na solução fecal ajudam no restabelecimento da flora intestinal e na reconstituição do tecido afetado do intestino.

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Oleh

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