quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Estudantes brasileiros criam pães e bolos com farinha de barata com 13% mais proteína que os pães tradicionais

Já não é novidade para ninguém que os insetos são o futuro da nutrição mundial.  Não é da cultura do ocidente, o uso da entomofagia, usar insetos como alimento. Porém o cientista holandês, entomólogo Arnold van Huis publicou na revista Annual Review of Entomology, as vantagens de usar os insetos como fonte de alimento, e propõem que o ocidente comece com esse hábito. Até a ONU já levantou a bandeira e tem divulgado que, ao longo dos anos, os insetos vão se tornar uma opção de alimento.
Estudantes da FURG (Universidade Federal de Rio Grande), no Rio Grande do Sul, estão pensando longe e resolveram investir em uma pesquisa sobre o assunto. Sabendo que os insetos, inclusive as baratas, possuem uma riqueza proteica muito maior do que a carne de boi que comemos, eles desenvolveram um projeto na qual a “farinha” de insetos seria usada como base para confecção de pães e bolos que poderiam ser consumidos por qualquer pessoa.
Segundo a engenheira química de alimentos Andressa Lucas uma empresa especializada em criação de insetos para consumo humano,  localizada em Betim, Minas Gerais, forneceu baratas para o projeto. Não tem nada de nojento. “As baratas são criadas de maneira asséptica, porque são vendidos na verdade para ração animal”, disse a engenheira.
Os estudantes já recebem as baratas desidratadas e prontas para consumo. Usam um moinho de bolas por um tempo predeterminado, depois peneiram a farinha para diminuir a granulometria. Depois, então, com a farinha pronta, já é possível adicionar em qualquer tipo de alimento, como pães, bolos e barrinhas de cereal, por exemplo.
O pão foi um sucesso. Gostoso e não tem cheiro nem gosto de barata, mas conserva as propriedades nutricionais. Enquanto um pão comum possui 9,68% de proteína e um integral tem 13,85%, um pão com apenas 10% da farinha de inseto tem quase 23% de proteína, conforme o estudo.
Na África, na Ásia, América Central, no México, se consome muitas espécies de insetos. Nós é que não temos essa cultura, então nos parece uma coisa um pouco diferente, temos uma certa resistência para aceitar”, explica a professora Myrian Salas Mellado, envolvida no projeto.
Reprodução: Diariodebiologia

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Oleh

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