Segundo um estudo publicado no jornal científico “Drugs Testing and analysis”, ser fumante passivo de cannabis pode ter o mesmo efeito que fumar diretamente do cachimbo ou do cigarro. O teste foi realizado com seres humanos e mostrou que uma pessoa de 60-70kg pode ser igualmente afetada pelos efeitos da droga por tabela. Os pesquisadores relataram um teste positivo para a THC, principal composto ativo da maconha, nas pessoas que estavam fumando por tabela durante os testes. Além disso, os fumantes passivos também se sentiram mais alegres, mais cansados e menos conscientes do ambiente ao seu redor. Sentiram também uma pequena sensação de intoxicação e uma leve perda do desempenho cognitivo – efeitos que foram atribuídos à maconha.
Partindo do princípio que um cão pesaria em média 6-10 kg, quais seriam os efeitos se o dono fumar constantemente a cannabis, exalando a fumaça com THC perto do animal? Um grupo de veterinários de Nova Iorque estão bastante preocupados com isso. Segundo eles, embora a maconha tenha efeitos relaxantes nos seres humanos, para os cachorros é exatamente o contrário.
Um estudo publicado na Research Communications in Chemical Pathology and Pharmacology relata que a inalação crônica de maconha produz bronquiolite com a infiltração de macrófagos na parede das passagens aéreas terminais dos cães. Quando inalada a fumaça contando THC irá atingir a mucosa respiratória e rapidamente atingirá o cérebro do animal que experimentará sintomas como letargia, andar errático e bamboleante, gotejamento de urina e saliva e reações exageradas a luz e som. O dono pode não perceber, pois ao se sentir assim, o cão irá procurar um cantinho onde irá esperar o efeito passar deitado. A duração dos sinais clínicos pode durar de 30 minutos a 2 dias, sendo que comumente em 24 horas todo efeito terá passado. No entanto, é importante salientar que o contato periódico dos cães com a fumaça da cannabis, que é tóxica para eles, estará acumulando toxicidade, o que pode ser fatal.
E SE O CÃO COMER?
O grau de intoxicação depende da quantidade ingerida e os sinais clínicos mais comuns incluem sintomas neurológicos e gastrointestinais. O contato das toxinas com a mucosa gastrointestinal vai causar irritação que invariavelmente resultará em vômitos. Após a ingestão a absorção das toxinas pelo trato gastrointestinal acontece rapidamente e estas serão eliminadas gradativamente pelas fezes (45%), urina (16,5%) e bile (55%), sendo que a eliminação completa pode demorar em torno de 5 dias.
Os sinais clínicos, incluem depressão, desorientação, ataxia e ou coma. Podemos observar vômitos, diarreia assim como bradicardia (coração bate devagar) e/ou taquicardia (coração bate muito rápido). Pode ocorrer aumento ou diminuição da temperatura corpórea. Devido a ocorrência de midríase (dilatação da pupila) apresenta então fotofobia e o olhar fica vidrado.
Reprodução: Diariodebiologia
Donos que fumam maconha perto dos seus cães estão deixando os animais fatalmente intoxicados!
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Oleh
josé