Parece que foi há muito tempo, mas o mundo só tomou conhecimento do novo coronavírus em dezembro passado.
Apesar dos esforços de cientistas em todo o mundo, ainda há muito que não entendemos sobre ele e, agora, todos de certa forma fazemos parte de um experimento em todo o planeta na busca por essas respostas.
Aqui estão algumas das principais questões pendentes.
1. Quantas pessoas foram infectadas
É uma das perguntas mais básicas, mas também uma das mais cruciais.
Há mais de um milhão de casos confirmados em todo o mundo, mas isso é apenas uma fração do total de infecções. E os números são ainda mais confusos por causa do contingente ainda desconhecido de casos assintomáticos — pessoas que têm o vírus, mas não se sentem doentes.
Os testes que detectam anticorpos permitirão aos pesquisadores saber se alguém já teve o vírus. Somente então entenderemos quão longe ou quão facilmente o coronavírus está se espalhando.
2. Quão letal o novo coronavírus realmente é
Até sabermos quantos casos houve, é impossível ter certeza da taxa de letalidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 3,4% das pessoas infectadas pelo vírus morrem, mas há cientistas que estimam que esse índice gire em torno de 1%.
Mas, se houver um grande número de pacientes assintomáticos, a taxa pode ser ainda menor.
Até sabermos quantos casos houve, é impossível ter certeza da taxa de letalidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 3,4% das pessoas infectadas pelo vírus morrem, mas há cientistas que estimam que esse índice gire em torno de 1%.
Mas, se houver um grande número de pacientes assintomáticos, a taxa pode ser ainda menor.
3. Quais são todos os sintomas
Os principais sintomas do coronavírus são febre e tosse seca. Dor de garganta, dor de cabeça e diarreia também foram relatados em alguns casos, e há indícios crescentes de que alguns perdem o olfato.
Mas a questão mais importante é se sintomas leves da gripe, como coriza ou espirros, estão presentes em alguns pacientes.
Estudos apontam que essa é uma possibilidade e que, assim, pessoas estariam infectadas pelo novo coronavírus sem saber disso.
Os principais sintomas do coronavírus são febre e tosse seca. Dor de garganta, dor de cabeça e diarreia também foram relatados em alguns casos, e há indícios crescentes de que alguns perdem o olfato.
Mas a questão mais importante é se sintomas leves da gripe, como coriza ou espirros, estão presentes em alguns pacientes.
Estudos apontam que essa é uma possibilidade e que, assim, pessoas estariam infectadas pelo novo coronavírus sem saber disso.
4. O papel que as crianças desempenham na propagação do vírus
As crianças podem definitivamente pegar o coronavírus. No entanto, geralmente desenvolvem sintomas leves, e há relativamente poucas mortes entre crianças em comparação com outras faixas etárias.
As crianças normalmente são superdisseminadoras de doenças, em parte porque entram em contato com muitas pessoas (geralmente no playground), mas, com esse vírus, não está claro até que ponto elas ajudam a espalhá-lo.
As crianças podem definitivamente pegar o coronavírus. No entanto, geralmente desenvolvem sintomas leves, e há relativamente poucas mortes entre crianças em comparação com outras faixas etárias.
As crianças normalmente são superdisseminadoras de doenças, em parte porque entram em contato com muitas pessoas (geralmente no playground), mas, com esse vírus, não está claro até que ponto elas ajudam a espalhá-lo.
5. De onde exatamente veio o vírus
O novo coronavírus surgiu em Wuhan, na China, no final de 2019, onde havia um conjunto de casos com origem relacionada a um mercado de animais.
Oficialmente chamado Sars-Cov-2, ele está intimamente ligado a vírus que infectam morcegos, no entanto, acredita-se que tenha sido passado de morcegos para uma espécie animal misteriosa, que depois o transmitiu às pessoas.
Esse "elo perdido" permanece desconhecido e pode ser uma fonte de mais infecções.
O novo coronavírus surgiu em Wuhan, na China, no final de 2019, onde havia um conjunto de casos com origem relacionada a um mercado de animais.
Oficialmente chamado Sars-Cov-2, ele está intimamente ligado a vírus que infectam morcegos, no entanto, acredita-se que tenha sido passado de morcegos para uma espécie animal misteriosa, que depois o transmitiu às pessoas.
Esse "elo perdido" permanece desconhecido e pode ser uma fonte de mais infecções.
6. Se haverá menos casos no verão do hemisfério norte
Gripes e resfriados são mais comuns nos meses de inverno do que no verão, mas ainda não se sabe se o clima mais quente alterará a propagação do vírus.
Os consultores científicos do governo do Reino Unido alertaram que não está claro se haverá um efeito sazonal. Se houver, eles acham que é provável que seja menor do que o de resfriados e gripes.
Se houver um grande declínio dos casos do novo coronavírus durante o verão, há o risco de eles voltarem a aumentar no inverno, quando os hospitais também precisarão lidar com um fluxo de pacientes gerado por doenças comuns do inverno.
Gripes e resfriados são mais comuns nos meses de inverno do que no verão, mas ainda não se sabe se o clima mais quente alterará a propagação do vírus.
Os consultores científicos do governo do Reino Unido alertaram que não está claro se haverá um efeito sazonal. Se houver, eles acham que é provável que seja menor do que o de resfriados e gripes.
Se houver um grande declínio dos casos do novo coronavírus durante o verão, há o risco de eles voltarem a aumentar no inverno, quando os hospitais também precisarão lidar com um fluxo de pacientes gerado por doenças comuns do inverno.
7. Por que algumas pessoas têm sintomas muito mais graves
A covid-19 é uma infecção leve para a maioria das pessoas. No entanto, cerca de 20% desenvolvem formas mais graves, mas por quê?
O estado do sistema imunológico de uma pessoa parece ser parte do problema, e também pode haver algum fator genético. Compreender isso pode levar a maneiras de impedir que as pessoas precisem de cuidados intensivos.
A covid-19 é uma infecção leve para a maioria das pessoas. No entanto, cerca de 20% desenvolvem formas mais graves, mas por quê?
O estado do sistema imunológico de uma pessoa parece ser parte do problema, e também pode haver algum fator genético. Compreender isso pode levar a maneiras de impedir que as pessoas precisem de cuidados intensivos.
8. Quanto tempo dura a imunidade e se você pode adoecer duas vezes
Tem havido muita especulação, mas poucas evidências de quão durável é qualquer imunidade ao vírus.
Os pacientes devem construir uma resposta imune, se conseguirem combater o vírus com sucesso.
Mas, como a doença existe há apenas alguns meses, faltam dados mais robustos.
Os pacientes que aparentemente foram infectados duas vezes podem ter sido testados incorretamente, o que apontaria incorretamente que estavam livres do vírus.
A questão da imunidade é vital para entender o que acontecerá a longo prazo.
Tem havido muita especulação, mas poucas evidências de quão durável é qualquer imunidade ao vírus.
Os pacientes devem construir uma resposta imune, se conseguirem combater o vírus com sucesso.
Mas, como a doença existe há apenas alguns meses, faltam dados mais robustos.
Os pacientes que aparentemente foram infectados duas vezes podem ter sido testados incorretamente, o que apontaria incorretamente que estavam livres do vírus.
A questão da imunidade é vital para entender o que acontecerá a longo prazo.
9. Se o vírus sofrerá mutação
Vírus sofrem mutação o tempo todo, mas a maioria das alterações em seu código genético não faz uma diferença significativa.
Como regra geral, você espera que os vírus evoluam para ser menos mortais a longo prazo, mas isso não é garantido.
A preocupação é que, se o vírus sofrer mutação, o sistema imunológico não o reconhecerá mais, e uma vacina específica deixará de funcionar (como acontece com a gripe).
Vírus sofrem mutação o tempo todo, mas a maioria das alterações em seu código genético não faz uma diferença significativa.
Como regra geral, você espera que os vírus evoluam para ser menos mortais a longo prazo, mas isso não é garantido.
A preocupação é que, se o vírus sofrer mutação, o sistema imunológico não o reconhecerá mais, e uma vacina específica deixará de funcionar (como acontece com a gripe).
Reprodução: BBC
9 coisas que os cientistas ainda não sabem sobre o coronavírus
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Oleh
Pedro Rios