Uma nuvem de gafanhotos avança pela Argentina e pode atingir plantações do Rio Grande do Sul. O alerta foi emitido pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agro-Alimentar (Senasa) do país vizinho, que monitora o fenômeno desde maio. Segundo o órgão, os insetos surgiram no Paraguai, onde destruíram lavouras de milho e mandioca, e seguiram para a província de Santa Fé na quarta-feira (17); de lá, atravessaram o Rio Paraná, que abrange parte do Brasil, e foram rumo à cidade argentina de Corrientes.
O Senasa ressaltou que a nuvem de gafanhotos sobrevoou quase 100 quilômetros em 1 dia. Esse tipo de passagem é capaz de destruir uma pastagem equivalente ao que 2 mil vacas conseguem consumir no mesmo período.
Lavouras com risco de perda total
As nuvens de gafanhotos são geradas pela falta de inimigos naturais, provenientes do uso de químicos agrícolas, além de clima quente e seco. No Brasil, o fenômeno não ocorre há pelo menos três safras, sendo registrado por último em parte do Maranhão, onde não houve grandes estragos devido ao rápido aumento de umidade local.
Se a praga chegar em grande quantidade ao país, os danos podem ser severos, com possibilidade de perda total de plantações e pastagens. Isso poderia ocorrer sobretudo porque se trata de uma situação de difícil controle químico rápido pelos produtores.
Reprodução: Tecmundo
Nuvem de gafanhotos avança e ameaça plantações no sul do Brasil
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Pedro Rios