Na síndrome de Cotard (designada como delírio de negação ou delírio niilista) as pessoas pensam que estão mortas. Trata-se de um distúrbio mental que faz com que a pessoa creia que está morta, ou que não existe, e ainda mais: que está se decompondo ou que está perdendo sangue e órgãos internos. Essa doença atrapalha a percepção da consciência, ou seja, nossa intuição mais básica.
Todos os seres humanos apresentam um forte sentido de identidade, metaforicamente falando, uma “pessoinha” que nos lembra a cada momento que somos o que somos.
A neuropsicologia explica que o cérebro sofre ilusões, mas como já diria Descartes: se pensamos, logo estamos existindo. A complexidade desse caso, porém, é que os pacientes dessa síndrome não conseguem entender o “eu”.
O “eu”, segundo Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, está em todas as partes, e pode ser representado de várias maneiras: o “eu” físico, o “eu” como sujeito de experiências, e o “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço.
Muitos pacientes com a síndrome de Cotard tentam se suicidar, pois acham que o seu cérebro não está mais vivo. Eles relatam que não há mais necessidade de comer e beber.
Neurologistas decidiram analisar o cérebro de um paciente com Cotard e observar como ele se comportava. Os testes de ressonância magnética mostraram que o paciente apresentava baixa atividade em áreas do cérebro associadas com a experiência do “eu”. A atividade cerebral era anormal, ou igual a de pessoas que estavam anestesiadas ou dormindo. Literalmente, o paciente estava mentalmente morto. Não se conhece a a causa exata da síndrome, mas ela foi tratada com êxito graças a medicamentos combinados com terapia eletroconvulsiva.
Fonte: Diariodebiologia
Homem se nega a acreditar que está vivo e ressonância magnética revelou que o cérebro estava “anestesiado”!
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josé