quarta-feira, 22 de março de 2017

Comer carne estragada adulterada pode causar problemas fatais se sua imunidade estiver baixa

Com os escândalos envolvendo adulteração das carnes que têm chegado às nossas casas, muitas pessoas estão bastante preocupadas com os problemas que essas carnes adulteradas podem trazer para nossa saúde. As empresas são acusadas de adulterar alimentos, utilizando carne estragada na fabricação de salsichas e linguiças e aditivos para enganar o consumidor sobre a qualidade do produto.
Conhecer uma carne estragada não é difícil. Além do cheiro que exala logo que o pacote é aberto, a coloração acinzentada é sinal de que alguma coisa está errada. A textura viscosa é motivo suficiente para descartar o produto. O grande problema, é que quando uma carne é maquiada, ela tem aparência saudável e as pessoas comem grandes quantidades.
Para disfarçar a aparência do produto, são adicionados alguns aditivos, como nitrito, nitrato e ácido ascórbico (vitamina C), que darão uma cara saudável. Estes aditivos são legalizados para a conservação de carne processada (salame, salsicha, presunto, etc.). O problema é que se a carne estiver podre, esses aditivos não evitarão que a carne estragada faça mal à saúde e estes conservantes em embutidos também não matam ou impedem a multiplicação de bactérias em uma carne que já está deteriorada.  Então é preciso mesmo contar com a idoneidade do frigorífico. Já a carne in-natura (moída, em bifes, etc.), não deveria receber nenhum tipo de aditivos.

Mas qual o real problema de comer essas carnes adulteradas?

A boa notícia é que nosso sistema imunológico costuma dar conta de pequenas porções (bem pequenas, lógico) com problemas de vencimento. Por essa razão muitos de nós não tivemos, até hoje, doenças gastro-intestinais devido o consumo das carnes adulteradas. Mas, em alguns casos, pode causar uma intoxicação alimentar e/ou bacteriana que evoluirá para cólicas intestinais, diarreia, vômito, febre e dor de cabeça. A intoxicação alimentar é causada pelas toxinas produzidas pelos micro-organismos presentes na carne estragada, e a infecção bacteriana é causada quando bactérias entram no organismo através do alimento comprometido.
Segundo o gastroenterologista Marcos Marcondes, a ingestão de carne estragada, no entanto, pode ser fatal nas pessoas com doenças crônicas como diabetes e hipertensão, que tem a imunidade baixa. No caso das gestantes, dependendo do grau da intoxicação até o bebê pode ser afetado. Crianças e idosos merecem bastante atenção, quanto a intoxicação alimentar.
Uma das bactérias importantes que pode ser adquirida através do consumo de carne estragada é o  Bacilus cereus, que possui um período de encubação que varia de 8 a 16 horas, causando intensas dores abdominais, náuseas e vômito. O Staphylococcus aureus também é uma importante bactéria nesses casos, o período de encubação é de 1 a 8 horas e além dos sintomas citados anteriormente, causa grande prostração do paciente. A mais corriqueira, no entanto, é a Salmonella sp. com incubação de 6 a 72 horas.
Reprodução: Diariodebiologia

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Oleh

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