sábado, 8 de abril de 2017

Essa mulher entrou para a história da medicina: ela viveu seis dias sem pulmões!

Um momento histórico ocorreu no campo da medicina em Toronto no Canadá. Uma mulher de 32 anos viveu por seis dias sem os pulmões a espera de um transplante. Melissa Benoit nasceu com fibrose cística uma doença genética sem cura que causa o acúmulo de muco em várias partes do corpo, em especial nos pulmões. Ela tinha muitas infecções bacterianas devido à doença e sempre parava no hospital quando ficava em estado crítico.
Porém, em abril de 2016, Melissa deu entrada no Hospital Geral de Toronto com uma infecção muito grave no pulmão. Devido às inúmeras infecções decorrentes da fibrose cística desde os seus 20 anos de idade, as bactérias tornaram-se resistentes a maioria dos antibióticos e ficou inviável o tratamento desta infecção. Seus pulmões estavam tão cheios de secreção, sangue, muco e pus que ficaram duros como uma bola de basquete e dificultava bastante a respiração. Ela ficou tão ofegante e sem ar, além dos pulmões duros, que fraturou suas próprias costelas.
Infelizmente, o caso de Melissa só piorou e ficou cada vez mais grave. Como os antibióticos não faziam mais efeito, a infecção cresceu e ela apresentou um quadro de choque séptico, ou seja, uma falência circulatória aguda causada pela infecção e o seu nível de oxigenação começou a cair que a ventilação era insuficiente para manter-se viva, então outros órgãos começaram a falhar. Foi nesse momento que os médicos viram a necessidade da retirada dos pulmões imediatamente para sua sobrevivência e realizar um transplante de pulmão.
Os corajosos médicos realizaram a retirada dos pulmões sem expectativa de doador. Uma equipe de 13 pessoas realizou a cirurgia que durou cerca de 9 horas comandados pelo cirurgião chefe Dr. Shaf Keshavjee. Poucas horas após a cirurgia, apresentou melhoras significativas, seus órgãos começaram a funcionar corretamente e já não precisava de medicamentos para pressão arterial. Seu corpo foi ligado em dois suportes de vida externos por seis dias. Um equipamento tinha a função de um pulmão que foi conectado as artérias e veias do coração onde adicionava oxigênio no sangue e retirava o dióxido de carbono. O outro era uma bomba que ajudava na troca gasosa e circulação do sangue.
Após longos seis dias, um doador de pulmões se tornou disponível e Melissa recebeu o transplante. O procedimento não foi complicado e foi um sucesso, disse o Dr. Marcelo Cypel, membro da equipe. Melissa se recupera muito bem e seu progresso é excelente com seus pulmões novos que funcionam perfeitamente. Agora ela é capaz de andar sozinha e brincar com sua filha por horas sem se cansar graças a esta cirurgia inovadora. Os resultados desta cirurgia foram publicados na revista científica Thoracic Cardiovascular Surgery em novembro de 2016.
Reprodução: Diariodebiologia

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Oleh

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